sexta-feira, setembro 27, 2024
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Inmet divulga alerta por chuvas intensas

Desde o início da semana, chuvas intensas e ininterruptas têm atingido o Rio Grande do Sul. O fenômeno afeta diversas regiões e traz preocupações à população e às autoridades locais. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou, nesta quarta-feira, 25, alerta de perigo por causa das fortes precipitações que atingem o Estado.

Segundo dados do Inmet, as áreas mais afetadas incluem as regiões de Campanha Gaúcha e Pelotas. Nos locais, os volumes de precipitação já superam a média climática do mês de setembro.

Em Pelotas, na Estação do Capão do Leão, foram registrados 158,4 mm de chuva da madrugada da segunda-feira 23 até a tarde desta quarta-feira. A média mensal para a região é de 128,7 mm.

Mapa mostra chuva, em milímetros (mm), acumulada em 24h, até as 9h desta quinta-feira — 26/9/2024 | Foto: Divulgação/Inmet

Em Camaquã (RS), o acumulado de chuva em 44 horas alcançou 189 mm, também superando a média climatológica de 143 mm para o mês. Bagé (RS) segue uma tendência similar, com 136 mm de precipitação em 32 horas. O município atingiu praticamente a média de precipitação para o mês, de 135,6 mm, em poucas horas.

Em Porto Alegre, o volume acumulado chegou a 45,2 mm nas últimas 17 horas. Enquanto a média do mês é de 147,8 mm.

A previsão do Inmet é de que o cenário de fortes chuvas se mantenha pelo menos até esta sexta-feira, 27. As chuvas devem incidir com maior intensidade nas regiões oeste, leste e central do Estado, com volumes que podem ultrapassar a média climatológica mensal.

Barragens em Pelotas

barragem pelotas
Uma das barragens de Pelotas: poder público em alerta | Foto: Divulgação/Aneel

Além dos transtornos causados pelo grande volume de precipitação, existe o risco de rompimento de barragens em Pelotas. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta nesta quarta-feira. O órgão avisa que barragens requerem atenção por parte do poder público. A situação é de emergência, avisa.

A condição de duas barragens localizadas no bairro Passo do Salto também conta com acompanhamento do governo estadual. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, há “anomalias”. Dessa forma, confirma-se o risco de “ruptura iminente”.

“A Defesa Civil está no local e já adotou as medidas necessárias para garantir a proteção à vida dos moradores, articulando junto à Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil a orientação e retirada de moradores de áreas consideradas e risco”, afirmou a Defesa Civil. “Além de medidas de contingência para direcionar o fluxo de água para regiões inabitadas.”

Chuvas em abril

O município de Cruzeiro do Sul ficou destruído depois das enchentes no Rio Grande do Sul | Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
O município de Cruzeiro do Sul (RS) ficou destruído depois das enchentes no Rio Grande do Sul | Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

As chuvas relembram os episódios de alagamentos que afetaram o Rio Grande do Sul em abril. Na época, o Estado sofreu com enchentes que deixaram cidades destruídas. Quatro meses depois, novos temporais voltaram a causar transtornos nesta semana.

De acordo com a Defesa Civil, o grande volume de chuva nos últimos dias levou 865 pessoas a deixarem suas casas. Ao todo, são 305 desabrigados e 560 desalojados em nove municípios.

Pelo menos 31 cidades relataram algum tipo de dano causado pelas tempestades desta semana. A situação mais grave é em Camaquã, a 130 km de Porto Alegre, no sul gaúcho. Com população de pouco mais de 62 mil habitantes, 500 pessoas estão desalojadas e outras 200 perderam suas casas, sendo encaminhadas a abrigos públicos.

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Via Revista Oeste

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