Em dezembro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação oficial da Argentina, foi de 2,7%. O índice é levemente superior ao de novembro — de 2,4% ao mês —, mas ainda assim muito inferior ao registrado no começo do governo de Javier Milei.
A desaceleração da inflação, que chegava a 300% no governo esquerdista de Alberto Fernández, começou ainda nos primeiros meses de Javier Milei, que tomou posse em dezembro do ano passado.
Desde então, ele vem adotando medidas para conter gastos públicos e melhorar a economia deteriorada pelo peronismo.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), o IPC anual está em 117,8%. O relatório completo da inflação foi divulgado na terça-feira 14.
Segundo o Indec, o setor com maior alta de preços no mês foi o de habitação (5,3%), devido ao aumento do aluguel residencial e despesas relacionadas, como água e eletricidade. O setor de comunicação (5%) vem em seguida, devido aos aumentos nos serviços de telefonia e internet.
A menor alta foi em alimentos e bebidas não alcoólicas (2,2%). Houve alta, principalmente, em produtos como carnes e derivados, pão e cereais, leite, laticínios e ovos.
Ajustes fiscais na Argentina, queda na inflação e recuperação econômica
A desvalorização, implementada logo após Milei assumir a presidência, foi parte de um ajuste fiscal e monetário rigoroso. O governo anunciou que a Argentina saiu de um período de recessão no terceiro trimestre de 2024.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,9% entre julho e setembro em comparação ao trimestre anterior. O Plano Motoserra de Milei promoveu cortes drásticos nos gastos do Estado e iniciou a desregulamentação.