sexta-feira, novembro 29, 2024
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Infestação de ratos atormenta servidores da PRF em Brasília

Os servidores no bloco da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Brasília, têm lidado com um problema além da criminalidade. A presença de ratos e fezes dos roedores atormenta os funcionários há duas semanas, a situação persiste mesmo depois da aplicação de veneno. 

Um servidor que preferiu não se identificar disse ao portal Metrópoles que os roedores se locomovem principalmente pelos dutos de ar-condicionado, localizados no chão, o que aumenta o risco de contaminação. “A chance de alguém pegar uma doença é muito grande”, afirmou o policial, que destacou ainda o descaso dos gestores em resolver a situação. 

A situação está saindo do controle, disse o policial. Segundo ele, a falta de verba teria dificultado uma solução definitiva, o que tem contribuído para o mal-estar entre os funcionários. “Logo na DGP, onde se deveria preocupar com o bem-estar do servidor, parece que os diretores estão fazendo pouco caso.” 

Embora os ratos não sejam vistos durante o dia, vestígios da presença deles, como fezes e cabos roídos, são frequentemente encontrados ao amanhecer. Preocupados com a saúde e o bem-estar no local de trabalho, os servidores da PRF já pediram providências imediatas, mas não obtiveram resposta eficaz até o momento. “O clima não é bom”, concluiu o policial. 

Risco de leptospirose preocupa servidores da PRF

Em vídeo gravado pelos servidores da PRF, é possível ver as fezes dos ratos espalhadas pelo ambiente. A principal preocupação entre os policiais é o risco de doenças transmitidas pelos roedores, como a leptospirose. 

A doença, causada pela bactéria Leptospira, é transmitida pelo contato com a urina de ratos contaminados. A infecção pode ocorrer com o simples contato da pele com água contaminada.

Os sintomas iniciais da leptospirose incluem febre alta, calafrios, dores de cabeça e musculares, principalmente nas panturrilhas, além de náuseas, vômitos e olhos vermelhos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a doença um mal negligenciado, e estima que, a cada ano, surjam 500 mil novos casos no mundo, com taxa de mortalidade entre 10% e 70% em casos graves.

De acordo com a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a leptospirose é uma doença de notificação compulsória no Brasil. Ou seja, qualquer caso suspeito deve ser imediatamente comunicado às autoridades de saúde para ações de controle e prevenção. 

“Essas ações visam evitar a propagação da doença e proteger a saúde pública”, explicou a especialista ao Metrópoles.



Via Revista Oeste

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