A presidente da Associação Indígena Akroá Gamella de Uruçuí e Adjacências (Apiagu), Maria da Conceição Sousa, fala da importância da valorização da produção dos povos originários na Feira. “A importância dessa feira é a gente fazer um resgate da tradição indígena, que está esquecida, e agora estamos trazendo essa tradição que vem da ancestralidade e mostrar isso para a nova geração que não conhece a nossa história”, destaca Conceição Sousa.
Para Conceição, a nova geração deve conhecer a história dos povos indígenas através da produção. “A nova geração tem que saber como é a história que atravessa o Piauí, por isso a gente está aqui representando os nossos produtos do extrativismo do cerrado, com óleo de pequi, com o doce e a rapadura consumidos desde a época dos nossos ancestrais e hoje apresentamos aqui na Feira da Agricultura Familiar”, conclui a presidente da Apiagu.
No Piauí, vivem 7.378 indígenas, de cinco etnias, distribuídas em sete municípios, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os povos originários têm um papel importante na agricultura familiar. Em abril deste ano, o Piauí foi o primeiro estado do Brasil a executar o PAA Indígena, o Programa de Aquisição de Alimentos voltado para os povos originários que faz a compra institucional da produção e doa para entidades que atendem famílias em situação de vulnerabilidade.
O evento conta, ainda, com o apoio do Senar, do Instituto Ubíqua, da Cáritas Arquidiocesana de Teresina, Aliança pela Inclusão Produtiva (Aipê), Agência de Fomento e Desenvolvimento do Estado do Piauí, Investe Piauí, Coordenadoria de Comunicação Social (CCOM), Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), Secretaria de Governo (Segov), Secretaria de Cultura (Secult) e Secretaria de Educação (Seduc).