Jonathan Reynolds, o secretário de Estado de Negócios e Comércio do Reino Unido, anunciou a ratificação do reconhecimento da indicação geográfica (IG) do uísque escocês (scotch), nesta quarta-feira (21), no Brasil. A IG dificulta que produtos falsificados sejam vendidos em mercados internacionais, assegura a entrega de produtos autênticos e de alta qualidade, além de garantir confiabilidade na exportação às empresas britânicas. As informações são do Governo Britânico no Brasil.
Além de facilitar o acesso do produto das destilarias escocesas ao mercado brasileiro, o reconhecimento também pode impulsionar a economia em até 25 milhões de libras (cerca de R$ 180,3 milhões) pelos próximos cinco anos, segundo o Ministério de Negócios e Comércio do Reino Unido (DBT). O Brasil também foi o oitavo maior importador do uísque escocês no ano passado ao acumular 90 milhões (cerca de R$ 646 milhões).
Os requisitos para receber o selo de uísque escocês e se encaixar na categoria de scotch são: ser obrigatoriamente produzido nas fronteiras escocesas com três principais ingredientes (água, levedura e cevada); deve ser envelhecido em barris de carvalho por três anos, pelo menos; e ter o single malte destilado em alambiques de cobre.
“O uísque é um dos melhores produtos da Escócia e é muito procurado em todo o mundo. O anúncio de hoje dará às destilarias de todo o país a confiança de que precisam para exportar para uma das maiores economias do mundo”, diz Reynolds.
Sendo o primeiro produto estrangeiro a receber o status de denominação de origem no Brasil desde 2019, o presidente-executivo da Scotch Whiski Association, Mark Kent, defende que, agora, o uísque escocês está no mesmo grupo da tequila, do cognac e do champagne com proteção legal especial. “Isso é fundamental para garantir a qualidade e a história dos produtos que milhões de brasileiros estão comprando”, completa.
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