A nova tentativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de emplacar o ex-ministro Guido Mantega no Conselho de Administração da Vale vem na esteira de um movimento para reduzir “a influência bolsonarista” na companhia.
Este é o argumento disseminado nos bastidores por fontes ligadas ao PT que mantêm relação com a companhia.
A notícia de que o governo retomou a articulação para emplacar Mantega na Vale ganhou força nesta semana, diante da aproximação do período de renovação da direção da companhia.
A ideia, agora, seria indicá-lo para o Conselho de Administração da empresa, em um processo que contemplaria a recondução do atual presidente Eduardo Bartolomeo.
No início do governo, Lula chegou a cogitar, sem sucesso, a indicação de Mantega para presidir a empresa.
A tese de que é preciso neutralizar o que uma ala do PT descreve como “tentáculos bolsonaristas” no setor produtivo é defendida internamente por nomes como o ex-ministro José Dirceu.
Tal teoria já serviu, lá atrás, como crítica à indicação de nomes como o de Marcelo Sampaio para integrar a diretoria da empresa.
Ex-ministro de Infraestrutura do governo Bolsonaro e genro do ex-ministro Luiz Eduardo Ramos, Sampaio assumiu no ano passado a diretoria de Assuntos Regulatórios da Vale, logo na largada do governo petista.
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