Enquanto os líderes globais avançam nas discussões por menos poluição e por fontes de energia mais limpas, várias empresas e startups continuam estudando formas de substituir os chamados combustíveis fósseis — ou, pelo menos, tentam reduzir o consumo deles.
Os carros elétricos já são uma realidade. No Brasil, por exemplo, ultrapassamos a marca dos 160 mil veículos desse tipo, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), em parceria com a empresa NeoCharge. Um número pequeno se comparado com o total, mas, mesmo assim, expressivo.
Carros elétricos ok… Agora, você já pensou em voar num avião elétrico? E num híbrido?
Leia mais
A empresa americana Ampaire anunciou que o seu modelo Electric EEL acaba de bater um recorde de horas de voo. Foram 12 seguidas, num trajeto de 2.213 km.
Ao fim do percurso, a aeronave ainda tinha uma margem de combustível para voar por duas horas e a bateria continuava intacta.
O modelo híbrido ainda reduziu o consumo de combustível entre 50 e 70%.
Como funciona esse modelo híbrido?
- A Ampaire afirma que o sistema elétrico permite ao avião operar com um motor de combustão muito menor, mais eficiente e menos potente — e que, portanto, polui menos também.
- O Electric EEL utiliza a assistência elétrica para uma série de situações, por exemplo: quando precisar de um impulso para decolagem, pouso ou uma aceleração rápida.
- O veículo funciona utilizando um sistema de hélices, sendo uma delas no nariz do avião de pequeno porte, além de duas caudas.
- A empresa afirma que o EEL da geração atual precisa ser recarregado no hangar entre os voos; a startup promete melhorar a autonomia nas próximas gerações.
O mercado dos aviões elétricos
Os testes com aviões elétricos ou híbridos são realizados há quase 10 anos por companhias de todo o planeta, inclusive no Brasil.
Por aqui, a ACS Aviation foi a primeira empresa nacional a testar uma aeronave totalmente elétrica nos céus do país, o Sora-e.
A gigante Embraer, por sua vez, já tem uma linha chamada Energia Family, com foco em sustentabilidade.
Outra gigante do setor, a Boeing investe no seu modelo SUGAR Volt.
Vale destacar que todos os veículos já testados são de pequeno porte, muito menores do que os aviões hoje utilizados em voos comerciais.
O principal problema enfrentado pelas fabricantes é a potência das baterias, que funcionam bem para carros e motos, mas não para aeronaves.
A ciência deve seguir avançando nesse aspecto nos próximos anos.
As informações são do New Atlas.