A imprensa internacional repercutiu a comparação entre o Holocausto e a operação militar de Israel na Faixa de Gaza feita pelo presidente petista, Luiz Inácio Lula da Silva. O britânico BBC News, o norte-americano The New York Times (NYT), o espanhol El País, o francês Le Monde, o alemão Die Welt e os hebraicos Jerusalem Post e The Times of Israel, foram alguns dos que deram a notícia.
Ressaltando a crise diplomática desencadeada após a declaração de Lula, tanto a BBC quanto o NYT, destacaram que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o petista de “banalizar o Holocausto”.
Os jornalistas dos EUA afirmaram que Lula “atraiu a ira das autoridades israelenses” ao fazer a comparação, descrevendo uma escalada de tensão entre os países.
Jornal de Israel chama Lula de “ignorante”
Os jornais hebraicos não pouparam nas críticas. Um dos principais veículos de comunicação de Israel, o The Times of Israel, classificou a fala de Lula de “ignorante”, em matéria com o título: “Israel furioso com Lula após ele dizer que Israel é como ‘Hitler’ e está cometendo genocídio em Gaza”, em tradução livre para o português.
Outro jornal, o Israel Hayom, afirmou que “a situação prejudicou ainda mais as relações entre os países”.
Dando destaque ao encontro do ministro das Relações Internacionais de Israel, Israel Katz, com o embaixador brasileiro no país, Frederico Duque Estrada Meyer, os jornalistas israelenses afirmaram que a convocação foi um “recado aos brasileiros”.
Outros veículos estrangeiros que também deram destaque a convocação do embaixador brasileiro foram os norte-americanos CNN, NYT e Bloomberg.
O embaixador foi oficialmente convocado devido à declaração de Lula. A reunião aconteceu no Museu do Holocausto.
Lula vira “persona non grata”
No discurso polêmico, Lula afirmou: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”.
Depois dessa afirmação, o presidente brasileiro foi classificado como “persona non grata” pelas autoridades israelenses, que exigem um pedido de desculpas.