A equipe jurídica da ginasta americana Jordan Chiles apresentou um novo requerimento na Suprema Corte Federal da Suíça sobre a decisão que a levou a perder a medalha de bronze olímpica no solo. Advogados apontam novas evidências em vídeo que comprovam o caso.
Este último resumo pede à Suprema Corte Federal da Suíça que reabra os procedimentos do Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) para considerar evidências cruciais que os advogados de Chiles dizem que “não foram consideradas anteriormente”.
Os advogados de Chiles dizem que uma equipe de documentário tem gravações de vídeo e áudio para provar o caso de Chiles.
“A evidência em questão — filmagens de uma equipe de documentário que estava gravando as finais do solo — prova que a decisão anterior do CAS se baseou em um erro factual crítico que foi agravado pelo fato de que o CAS concedeu a Chiles menos de um dia para se preparar para a audiência”, disseram os advogados em declaração enviada à CNN na terça-feira (24).
“A CAS retirou a medalha de bronze de Chiles com base na conclusão de que o treinador dela atrasou quatro segundos para fazer uma consulta verbal para corrigir a pontuação de Chiles, mas as novas evidências mostram claramente que a consulta foi feita na hora certa”, completaram.
A CNN entrou em contato com a CAS para comentar, mas não teve resposta.
A ginasta norte-americana perdeu aquela que seria a primeira medalha olímpica individual da carreira dela depois que a equipe de ginástica romena contestou, ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), a decisão de revisar a pontuação final no solo.
A controvérsia começou após a apresentação de Chiles na final do solo em Paris. A ginasta romena Ana Barbosu parecia ter garantido a medalha de bronze depois da performance de Jordan.
A americana recebeu a pontuação de 13.666, boa o suficiente apenas para o quinto lugar. Os treinadores enviaram uma consulta para contestar a pontuação de dificuldade dada a ela pelos juízes e venceram. A nota foi alterada para 13.766, o que garantiu o bronze.
Ela subiu ao pódio, recebeu a medalha e participou da icônica foto com Simone Biles e Rebeca Andrade.
Foi então que um alvoroço internacional começou. O primeiro-ministro romeno anunciou que boicotaria a cerimônia de encerramento da Olimpíada por conta do tratamento dado a Barbosu.
Os romenos contestaram que o desafio de Chiles não foi feito a tempo, mas fora do prazo de um minuto após a publicação da pontuação dos juízes. O Tribunal Arbitral do Esporte decidiu que a solicitação foi feita quatro segundos após o período permitido e reverteu a pontuação de Chiles para 13,666, o que a colocou de volta ao quinto lugar.
Essa decisão levou o Comitê Olímpico Internacional (COI) a entregar a medalha de bronze a Barbosu. Chiles optou por recorrder da decisão do CAS para a Suprema Corte Federal da Suíça em processo realizado no dia 16 de setembro.
O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) disse que está determinado a ver Chiles receber o reconhecimento que merece.
“Devido aos erros flagrantes e à supervisão do CAS ao lidar com o caso e ignorar evidências claras da conquista legítima de Jordan, estamos determinados a garantir que ela receba o reconhecimento que merece. Nosso compromisso com a verdade neste assunto permanece firme”, disse o USOPC à CNN na semana passada.