terça-feira, janeiro 7, 2025
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Ilha no Pará tem papel central para desvendar anomalia magnética

A pequena Ilha de Tatuoca, no Pará, pode ser fundamental para entender uma anomalia magnética que tem atuado sobre regiões brasileiras há séculos e que intriga os cientistas até hoje. O local abriga o Observatório Magnético de Tatuoca, que participa de uma rede global que monitora o campo magnético da Terra.

Dados obtidos pelo observatório, fundado em 1957, servem de base para estudos sobre as profundezas do planeta e para desenvolver aplicações práticas, como a navegação de satélites. Além disso, o local está em posição estratégica, o que faz dele um grande aliado da ciência.

Importância da ilha para a ciência

A história científica da ilha teve início em 1917. Na época, começaram a ser realizadas medições do campo magnético na margem equatorial brasileira, região que receberia um experimento durante um eclipse para comprovar a Teoria da Relatividade, de Albert Einstein.

Observatório Magnético de Tatuoca é a estação científica mais antiga em funcionamento ininterrupto na Amazônia (Imagem: Divulgação/Observatório Nacional)

A região da costa do Pará e entorno da ilha chegou a ser cogitada para receber as observações do eclipse, mas foi descartada devido à grande presença de nuvens. Depois, em 1933, a ilha recebeu uma estação magnética temporária.

Foi apenas em 1957 que foi criado o Observatório Magnético de Tatuoca. Ela é a estação científica mais antiga em funcionamento ininterrupto na Amazônia e ocupa uma posição estratégica para monitorar o equador magnético, região onde o campo magnético da Terra é paralelo à superfície. As informações são do UOL.

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Anomalia do Atlântico Sul está crescendo (Imagem: Reprodução/Agência Espacial Europeia)

O que é a anomalia magnética?

  • A Anomalia do Atlântico Sul é um ponto fraco no campo magnético da Terra, que protege o planeta de altas doses de vento solar e radiação cósmica.
  • Ela é uma espécie de defasagem nesta proteção e está localizada mais especificamente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
  • Segundo relatórios, a intensidade do campo magnético no local é aproximadamente um terço da média global.
  • A causa exata dessa anomalia ainda não é totalmente compreendida, mas os pesquisadores observaram seu crescimento e aprofundamento em direção ao oeste.
  • Uma consequência dela é na atuação dos satélites que estão na órbita do nosso planeta.
  • Ao passarem pela região com baixa na retaguarda de proteção, eles podem apresentar avarias causadas pelo fluxo de radiação cósmica. 

Via Olhar Digital

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