Na quarta-feira 1, a Igreja Metodista Unida derrubou uma proibição de 40 anos sobre a ordenação de clérigos gays praticantes. Os líderes metodistas discutiam a questão desde 2019, porém, a decisão foi adiada repetidamente devido à pandemia de Covid-19.
A aprovação, que ocorreu no Estado da Carolina do Norte, Estados Unidos, veio sem necessidade de debate. Ela faz parte de um conjunto de medidas que já haviam recebido amplo suporte nas fases de comitê.
Além disso, também foi decidido que líderes locais não poderão punir clérigos ou igrejas que optarem por realizar ou se recusar a realizar casamentos homoafetivos. Espera-se que, até o final deste encontro na sexta-feira 3, sejam tomadas mais decisões em apoio à comunidade LGBT dentre os fiéis e clérigos.
A série de votações sucede um período de intensa controvérsia dentro da denominação sobre questões de sexualidade, que já provocou divisões e tensões não apenas entre os metodistas, mas em outras comunidades cristãs ao redor do mundo.
Conservadores foram ‘convidados a sair’ da Igreja Metodista
A mudança na composição da denominação, que ficou evidente depois da saída de várias congregações conservadoras, foi um fator decisivo para a revogação da proibição. Aos membros conservadores, foi dada a opção de deixar a igreja com base em “razões de consciência” desde 2019, uma política que permitiu a essas congregações manterem suas propriedades e ativos se decidissem partir até o final do ano passado.
Este movimento resultou em uma significativa diminuição no número de congregações, especialmente em áreas historicamente metodistas como o Texas, onde mais de 40% das igrejas deixaram a denominação. Algumas dessas congregações aderiram à Global Methodist Church, uma nova denominação conservadora, enquanto outras optaram por permanecer independentes.