No mês de abril, o Índice Geral de Preços–Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,31%, apresentando uma inversão em relação ao mês anterior, quando o índice teve queda de 0,47%. As estatísticas foram divulgadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira, 29.
Com esse resultado, o IGP-M acumula queda de 0,60% no ano e de 3,04% nos últimos 12 meses. Em abril de 2023, o índice tinha registrado taxa de -0,95% no mês e acumulava queda de 2,17% em 12 meses anteriores.
Em entrevista ao Valor Data, André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre e responsável pelo indicador, afirmou que a variação de preço produtos essenciais contribuiu para o índice de produtores e consumidores. Para produtores, destacam-se aumentos no preço do cacau, que saltou de 19,92% para 63,63%, e do café, que foi de 0,62% para 9,57%, além da soja, que passou de -0,47% para 5,66%.
Já no índice ao consumidor, os alimentos in natura continuam sendo um dos maiores contribuintes, com destaque para o tomate, que variou de -0,36% para 16,19%, e o mamão, que aumentou de 3,17% para 25,55%.
Qual a relevância da inflação do IGP-M?
O IGP-M é conhecido como “inflação do aluguel”, porque serve para atualizar os preços dessa modalidade de gastos das famílias e das empresas. O índice, no entanto, não engloba apenas essa questão e serve como uma espécie de “um termômetro dos preços” de toda a economia real, além de impactar investimentos.
O indicador é um desdobramento do Índice Geral de Preços (IGP), criado em 1947 pela FGV, dedicado a registrar as variações de preços de matérias-primas agropecuárias e industriais, de produtos intermediários e de bens e serviços finais.
A partir do IGP-M surgiu também o Índice Geral de Preços–10 (IGP-10) e o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). A diferença entre eles está no período de coleta das informações para cálculo do índice.
Ele avalia a oscilação dos preços no mercado do dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês de referência.