sábado, outubro 5, 2024
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Iêmen oferece vagas a estudantes antissemitas dos EUA e Europa

A Universidade de Sanaa, localizada no Iêmen e dirigida pelo grupo terrorista Houthi, apoiado pelo Irã, ofereceu vagas para estudantes antissemitas dos Estados Unidos e da Europa que foram suspensos de suas instituições por manifestações pró-Palestina. O comunicado foi emitido no site da instituição nesta sexta-feira, 3.

O convite oficial para estudar na instituição no Oriente Médio incluiu um endereço de e-mail para os interessados na transferência, além de um texto de incentivo.

Declaração da Universidade de Sanaa
Declaração da Universidade de Sanaa | Divulgação/Universidade de Sanaa

“O conselho da universidade condena o que acadêmicos e estudantes de universidades dos EUA e da Europa estão sendo submetidos, supressão da liberdade de expressão”, afirmou a declaração da Sanaa.

A direção da universidade iemenita ainda classificou de ação “humanitária” a posição dos estudantes norte-americanos que ocuparam campi em várias cidades do país.

“Estamos lutando essa batalha com a Palestina de todas as formas possíveis”, disse um oficial da Universidade de Sanaa ao afirmar o interesse em receber os estudantes estrangeiros.

Recentemente, os iamenitas foram às ruas da capital, Sanaa, protestar contra as prisões dos estudantes antissemitas nos EUA.

Onda de protestos no Ocidente

Essa iniciativa do Houthi surge em meio a uma onda de protestos impulsionada por universidades como a Columbia, em Nova York, onde estudantes pró-Palestina montaram acampamentos em abril, desencadeando uma onda de manifestações semelhantes de costa a costa dos EUA, além de instituições em países da Europa, como a França.

Só nos EUA, mais de 2 mil universitários foram presos, e centenas foram suspensos das aulas por ocuparem propriedades das instituições e não obedecerem à ordem de retirada.

Não apenas em Columbia, mas também na Universidade da Califórnia, Los Angeles, e na Universidade de Michigan, assim como em outras instituições de elite, as manifestações estudantis tornaram-se cenário de retórica e violência antissemitas.

As exigências

Os manifestantes pediram ao presidente democrata, Joe Biden, que apoiou o direito de Israel de se defender dos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro, que interferisse e interrompesse a guerra em curso em Gaza.

Os estudantes exigiram também que as universidades se desvinculem de empresas que apoiam o governo de Israel.

Em pronunciamento recente, Biden afirmou que os protestos não alterarão a política externa norte-americana no Oriente Médio.

O mandatário, atual líder da esquerda nos EUA, criticou as manifestações que resultaram em atos violentos e danos materiais.

“Destruir propriedade não é um protesto pacífico”, disse Biden. “É contra a lei. Vandalismo, transgressão, quebra de janelas, fechamento de campi, cancelamento forçado de aulas e formaturas, nada disso é um protesto pacífico.”

Universidade de Columbia
Estudantes invadiram prédio histórico da Universidade Columbia e quebraram vidraças |Foto: Reprodução/Redes sociais

Violência nos EUA

Estudantes da Universidade Columbia, em Nova York, assim como em mais de 40 instituições de elite nos EUA, iniciaram acampamentos em protesto contra Israel em abril.

Ações semelhantes ocorreram em universidades como Harvard, Princeton, Yale e outras instituições de destaque.

A polícia interveio nessas manifestações, o queresultou na prisão de manifestantes em todo o país que se recusavam a obedecer às ordens de retirada dos campi. Houve violência e depredação.



Via Revista Oeste

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