sábado, setembro 28, 2024
InícioCiência e tecnologiaIdentidade de esqueleto reescreve história de povoado no México

Identidade de esqueleto reescreve história de povoado no México

Uma pesquisa arqueológica no Palácio de Cortés, em Cuernavaca, no México, possibilitou uma descoberta tão surpreendente que está reescrevendo a história do local. 

Durante décadas, acreditava-se que um esqueleto exposto no museu do palácio pertencia a um monge espanhol chamado Juan Leyva. No entanto, uma nova análise indicou que, na verdade, a ossada provavelmente pertence a uma mulher asteca, revolucionando a compreensão sobre os ocupantes originais da região.



O Palácio de Cortés passou por uma reforma após os danos causados pelo terremoto de Puebla, em 2017. Durante os trabalhos de restauração, pesquisadores do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) revisitaram o esqueleto que por anos foi associado ao suposto monge. A identidade desse indivíduo nunca foi confirmada, apesar do rótulo que o acompanha há quase meio século.

Enterro anterior à ocupação espanhola no México

O novo estudo apontou que a pessoa tinha entre 30 e 40 anos quando faleceu, o que foi atestado pelos desgastes observados nos dentes. Apesar das “vértebras deformadas”, não foram encontradas evidências de doença no esqueleto, deixando o motivo da morte em aberto.

A altura estimada, com base no osso úmero, sugere que a pessoa tinha cerca de 1,47 m, o que confirma sua condição feminina. 

Além de tudo isso, o estudo indica que o corpo data de 1450 a 1500 d.C., anterior à chegada dos colonizadores europeus ao México, sendo assim improvável a origem espanhola do corpo.

Para os autores do artigo, a mulher pertencia ao povo Tlahuica, do México Central, um grupo pré-hispânico. O Palácio de Cortés, construído pelos espanhóis na década de 1520, agora parece ter sido erguido em torno dessa sepultura pré-existente.

“Está mais relacionado com um enterro pré-hispânico, que pode pertencer ao período de contato ou antes”, afirmou Jorge Angulo, arqueólogo do INAH. Em consequência desta descoberta, a exposição arqueológica foi reaberta com um novo certificado, identificando o esqueleto como pertencente a uma “Mulher Tlahuica”. 

Via Olhar Digital

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui