O Comitê Olímpico Internacional (COI) informou que vai usar a assistência de uma IA para apagar e bloquear postagens abusivas ou ofensivas nas redes sociais contra os 15 mil atletas e autoridades que estarão nas Olimpíadas de Paris no próximo mês. O anúncio foi feito esta sexta-feira (14), pelo presidente da entidade, Thomas Bach.
Os Jogos decorrem em um momento de conflitos, como a guerra em curso na Ucrânia, após a invasão da Rússia em 2022, e a guerra entre o Hamas e Israel em Gaza – acontecimentos que já levaram a casos de abusos nas redes sociais.
As Olimpíadas começam em 26 de julho, com mais de 10.500 atletas competindo em 32 esportes, e espera-se que gerem mais de meio bilhão de engajamentos nas redes sociais durante os 16 dias do evento, segundo o COI.
“O COI usará a IA em Paris em diferentes áreas”, disse Bach em entrevista coletiva. “Uma delas é a salvaguarda, já que esperamos meio bilhão de postagens nas redes sociais durante os Jogos. Se alguém levasse apenas um segundo para ler cada postagem, levaria 16 anos para ler”, disse ele.
“Em vez disso, o COI fornecerá uma ferramenta pró-ativa de salvaguarda de IA para proteger os atletas do abuso cibernético. Esta ferramenta de IA oferece monitoramento extensivo, abrangendo 15 mil atletas e dirigentes. Isso apaga automaticamente postagens abusivas para proteger os atletas”, completou Bach.
Momento político da França não deve prejudicar os Jogos de Paris
- As medidas abrangerão todos os tipos de abusos e não apenas ataques políticos.
- O COI não deu detalhes sobre que tipo de acesso às suas contas os atletas deveriam conceder.
- Bach também disse que os desenvolvimentos políticos na França e as próximas eleições parlamentares antecipadas, poucas semanas antes das Olimpíadas, não prejudicariam os preparativos nem os próprios Jogos.
