domingo, julho 7, 2024
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IA, Microchip na bola e mais: as inovações da Eurocopa 2024

Algumas inovações tecnológicas chamaram atenção na primeira rodada da Eurocopa, que teve início na última sexta-feira (14), com a goleada da seleção anfitriã, Alemanha, por 5 a 1 diante da Escócia.

Na partida entre Bélgica e Eslováquia, o jogo foi decidido com atuação direta do microchip presente na bola: graças à tecnologia, dois gols foram anulados. Apresentada como extremamente tecnológica, a bola Fussballliebe (“amor pelo futebol”, na tradução) possui sensores ao redor de sua superfície para ajudar a arbitragem a tomar decisões em campo, como foi o caso no confronto.

Aos 10 minutos do segundo tempo, a tecnologia da bola teve sua primeira participação ao auxiliar na anulação de um gol. O atacante Lukaku marcou após cobrança de escanteio, mas o VAR apontou impedimento e contou com o sensor para identificar o momento exato do toque do jogador para traçar as linhas que indicaram a posição irregular.

Já aos 41 minutos a interferência do chip foi mais direta no que seria o gol de empate, novamente de Lukaku. Na ocasião, o atacante Openda construiu a jogada após um leve toque de mão, que foi identificado pelo sensor. Durante a transmissão da partida, um gráfico semelhante a um eletrocardiograma foi exibido para mostrar o momento exato do toque, ajudando também o árbitro de campo na revisão do VAR.

“É muito bom ver inovações como essa em funcionamento, pois aumentam a transparência da competição. É um desafio do futebol brasileiro entender como ele pode fazer para absorver essas tecnologias o quanto antes, afinal de contas elas só valorizam o produto. Deveria ser vista mais como investimento do que como custo para os clubes e para quem organiza os campeonatos”, analisa Bruno Maia, especialista e empresário na área de tecnologia e conteúdos para o esporte, através da Feel The Match.

Um programa alimentado por inteligência artificial tem sido utilizado para determinar com maior facilidade casos de impedimento. O sistema é responsável por rastrear o corpo inteiro dos jogadores de forma automática e, caso o impedimento seja identificado, a cabine do VAR é avisada. Cada estádio conta com 10 câmeras para isso.

“Quanto mais tecnologia para colaborar com a isonomia no esporte, melhor. É uma grande evolução, e a indústria do futebol precisa enxergar isso como uma ferramenta que vai melhorar todo o produto como um todo”, corrobora Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo.

A tecnologia Hawk-Eye (“olhos de falcão”, na tradução), que já é utilizada em grandes competições internacionais, também está presente na Alemanha. O sistema faz o monitoramento das linhas do gol através de sete câmeras para determinar se um gol é válido e está disponível em todos os estádios da Eurocopa.

“A utilização de tecnologias diversas no esporte não só ajuda a garantir a justiça nas decisões como também são uma excelente oportunidade para patrocinadores do segmento de tech demonstrarem sua expertise através desses cases de alta repercussão”, aponta Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

Via CNN

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