Um grupo de pesquisadores identificou os restos mortais de uma antiga espécie de elefante que teria vivido no nosso planeta entre 300 mil e 400 mil anos atrás. A mesma equipe também descobriu que estes animais gigantes teriam servido de alimento para os primeiro humanos que viveram onde hoje fica a Índia.
Descobertas geram novas dúvidas
Análises revelaram que os nossos ancestrais podem ter atingido os ossos dos elefantes com o objetivo de extrair a medula deles para alimentação. Isso garantiria uma boa fonte de energia.
Os cientistas explicam que os primeiros humanos teriam dado diversas “marteladas” até conseguirem o que buscavam. No mesmo local foram identificadas 87 ferramentas de pedra que poderiam ter sido usadas na caça.
A descoberta é considerada incomum porque há poucas evidências da presença de hominídeos no subcontinente indiano. Também impressiona o fato que as pedras usadas eram feitas de basalto, um tipo de rocha que não é encontrado na mesma área.
Agora a principal pergunta que fica é: quem são esses hominídeos? Os pesquisadores acreditam que existam muitas evidências a serem descobertas na região e que podem acabar com este mistério.
A pesquisa foi publicada como um par de artigos na Quaternary Science Reviews e no Journal of Vertebrate Paleontology.
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Elefantes eram gigantescos e pesavam mais de 10 toneladas
- Ao mesmo tempo, os cientistas analisaram os ossos dos elefantes e concluíram que eles pertenciam a um gênero de enormes animais antigos que são conhecidos como Palaeoloxodon.
- Estas criaturas, que teriam quatro metros de altura e pesavam mais de 13 toneladas, foram extintas há muito tempo.
- A pesquisa também revelou que há um pouco de crescimento ósseo anormal dentro do crânio do Palaeoloxodonte, que pode ter sido causado por uma infecção crônica dos seios da face.
- Esse crescimento ósseo causado por infecção é chamado de periostite e está bem documentado em restos de esqueletos humanos.
- O gênero Palaeoloxodon é interessante porque representa um estágio intermediário no processo de evolução dos elefantes.
- Por isso, a descoberta também pode ajudar a preencher as lacunas existentes na história da migração e evolução destes animais.