Em cidades como São Francisco, Phoenix e Las Vegas, robotáxis estão circulando sem motoristas a bordo, com alguns modelos nem sequer possuindo volantes. No entanto, o New York Times mostrou em uma matéria recente como os humanos ainda estão no controle – mesmo que remotamente.
Empresas como a Zoox, propriedade da Amazon, utilizam assistência remota de técnicos em um centro de comando em Foster City, Califórnia, para lidar com desafios que os veículos autônomos não conseguem resolver sozinhos.
Essa assistência humana é uma parte crucial da operação dos carros autônomos, embora frequentemente não seja divulgada pelas empresas para manter a ilusão de total autonomia. Quando um carro da Zoox enfrenta uma situação nova, como uma zona de construção, um técnico remoto recebe um alerta e pode ajustar a rota do veículo em tempo real a partir de sua estação de trabalho.
Como um humano controla um carro autônomo remotamente
- Em uma noite recente, um carro da Zoox em São Francisco não conseguiu contornar um caminhão de bombeiros e precisou de intervenção humana para redefinir seu caminho.
- O técnico, visualizando câmeras e uma visão gráfica do veículo, ajustou a rota rapidamente para evitar obstáculos e permitir que o carro retornasse à sua trajetória autônoma.
- À medida que empresas como Zoox, Waymo e Cruise avançam na remoção de motoristas dos veículos, a necessidade de assistência humana tem se tornado mais evidente.
No ano passado, reguladores ordenaram que a Cruise fechasse sua frota de 400 robotáxis em São Francisco depois que uma mulher foi arrastada para baixo de um de seus veículos autônomos. O robotáxi envolvido no acidente contava com a assistência humana remota.
A Zoox, assim como outras empresas, não divulga o número de técnicos de assistência remota ou os custos envolvidos, mas essas operações são essenciais para o funcionamento dos carros autônomos.
A assistência remota é uma das razões pelas quais os táxis robôs ainda enfrentam dificuldades para substituir as frotas tradicionais de transporte por aplicativo, como Uber e Lyft.
Carros autônomos lidam bem com situações comuns, mas ainda têm dificuldades com cenários inesperados, o que exige suporte humano contínuo.
A Zoox continua testando e refinando seu software para melhorar o desempenho dos veículos, que ainda necessitam de intervenção humana em várias situações.