O Atlético-MG corre contra o tempo para que o gramado da Arena MRV esteja em ótimo estado até a próxima semana. Em 15 de setembro (quinta-feira), o time encara o São Paulo pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil.
Porém, o tema não se restringe ao curto prazo e abrange o futuro do estádio. A intenção da diretoria é que, a partir de 2025, a grama utilizada seja sintética. Porém, a cúpula esbarra na legislação municipal para realizar a mudança.
Enquanto nada é definido, a opinião de comissão técnica e jogadores é levada a sério pelos dirigentes. O atacante Hulk, inclusive, teve conversa importante com o CEO Bruno Muzzi.
“Antes do jogo da Libertadores (San Lorenzo), quando a gente fez aquela partida que fomos muito criticados pelos jogadores (Cuiabá), eu fui no CT para ter um papo aberto com eles”, iniciou Muzzi.
“O Hulk me chamou no final; eu estava com outras pessoas. Ele me disse que ‘entre um gramado ruim e um sintético bom, igual o do Botafogo, não tem nem o que discutir’. Foi o que me ele falou”, acrescentou.
O Plano Diretor de Belo Horizonte estabelece que cada projeto/empreendimento tenha determinada área para infiltração de água, o que não acontece com o gramado sintético, que não a absorve. Neste cenário, o Atlético seria obrigado a compensar num outro espaço.
“Uma tentativa possível é buscar a mudança de legislação junto à prefeitura. Outra opção seria comprar uma área ao lado para agregar, só que, aí, seriam 8.000 m². Temos também a alternativa de comprovar que a grama sintética volta a mesma quantidade de água que a grama natural”, destacou Bruno Muzzi, em conversa com jornalistas em dezembro, na sede do clube.
Apesar deste empecilho, o clube mantém otimismo para um acerto com o poder público e para que a mudança desta legislação seja executada.