Uma imagem composta de Saturno, obtida em 22 de outubro pelo Telescópio Espacial Hubble, da NASA, foi divulgada esta semana pela agência. O registro chama a atenção por seu aspecto “vintage” e por um detalhe muito interessante.
Se você olhar cuidadosamente para a espessa faixa interna branca dos anéis de Saturno, poderá perceber aparências sombrias que lembram marcas de impressões digitais. São os misteriosos raios de anel, características transitórias que parecem girar junto com as famosas estruturas que envolvem o gigante gasoso.
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Como esses raios só são visíveis por duas ou três rotações ao redor do planeta antes de desaparecerem, capturá-los em ação tem sido uma tarefa historicamente difícil. De acordo com um comunicado da NASA, eles foram vistos pela primeira vez em 1981, pela sonda Voyager 2, depois novamente várias vezes durante a missão Cassini, que orbitou Saturno de 2004 a 2017.
Raios nos anéis de Saturno estariam ligados ao campo magnético do planeta
Agora, o Hubble está investigando o recurso incomum como parte do programa Outer Planets Atmospheres Legacy (OPAL), que monitora o clima nos gigantes gasosos do Sistema Solar.
“A principal teoria é que os raios estão ligados ao poderoso campo magnético de Saturno, com algum tipo de interação solar com o campo magnético que produz os raios”, disse a cientista-chefe do programa OPAL, Amy Simon, do Centro Espacial Goddard, da NASA.
Imagens anteriores também obtidas pelo Hubble mostraram que os raios aparecem sazonalmente – as estações de Saturno duram cerca de sete anos cada. “Estamos caminhando para o equinócio de Saturno, quando esperávamos atividade máxima de raios, com maior frequência e mais escuros aparecendo nos próximos anos”, disse Simon.
Segundo ele, a inclinação de Saturno no equinócio orienta o planeta e seus anéis de tal forma que os ventos solares podem colidir com o campo magnético do planeta com mais força, resultando em raios mais pronunciados.