sexta-feira, novembro 22, 2024
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Hubble descobre galáxia espiral brilhando no ‘Pequeno Leão’

Recentemente, o Telescópio Espacial Hubble capturou recentemente uma imagem impressionante da galáxia NGC 3430, uma espiral clássica situada a 100 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Leão Menor. 

A galáxia se destaca por seus braços espirais repletos de gás e poeira, que se curvam ao redor de um centro brilhante. Pontos azuis espalhados ao longo desses braços revelam regiões de intensa formação estelar, enquanto manchas alaranjadas na parte superior e inferior da imagem indicam a presença de galáxias distantes em segundo plano.

Além da NGC 3430, outras galáxias vizinhas se encontram próximas, embora fora do quadro da imagem. Uma dessas galáxias, em particular, exerce uma influência gravitacional suficiente para desencadear a formação de novas estrelas dentro da NGC 3430, conforme relatado pela NASA.

Apesar de tanto a NGC 3430 quanto a Via Láctea serem galáxias espirais, há uma diferença crucial entre elas. Nossa galáxia é classificada como uma espiral barrada, caracterizada por uma barra densa de estrelas antigas que atravessa seu centro. Em contrapartida, a NGC 3430 é uma espiral “clássica”, sem essa barra central, mas com braços espirais bem definidos.

A classificação das galáxias – espirais, barradas, lenticulares, elípticas e irregulares – foi estabelecida no início do século XX, quando os estudos galácticos ainda estavam em desenvolvimento. A distinta forma espiral da NGC 3430 pode ter influenciado o famoso astrônomo Edwin Hubble em sua categorização de galáxias. Em 1916, ele agrupou cerca de 400 galáxias com base em sua aparência, criando um esquema de classificação que ainda é utilizado atualmente.

Pesquisas realizadas no final da década de 1990 indicam que a NGC 3430 exibe sinais de interações gravitacionais com uma galáxia próxima, a NGC 3424, o que reforça sua complexidade e beleza.

O Hubble, desde seu lançamento em 1990, tem orbitado a cerca de 515 km acima da Terra, capturando imagens como essa por mais de três décadas. Recentemente, a vida útil do telescópio foi estendida, apesar de falhas em alguns de seus giroscópios. A NASA está explorando maneiras de manter o Hubble em operação dentro das restrições orçamentárias, o que inclui a possibilidade de reduzir o número de modos de instrumentos disponíveis.

Diante da possibilidade de futuras limitações operacionais, as imagens espetaculares do Universo, como esta da NGC 3430, tornam-se ainda mais valiosas, enquanto o Hubble continua a nos presentear com visões únicas do cosmos.

Via Olhar Digital

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