Preso por matar um idoso com uma voadora no peito, Tiago Gomes de Souza chorou e pediu desculpa, nesta quinta-feira, 13, durante a reconstituição do crime, em Santos. A ação foi realizada pela Polícia Civil.
Dezenas de telespectadores acompanharam o trabalho, que visou a reconstruir a cena da morte de Cesar Finé Torresi, de 77 anos. Ele morreu no sábado 8.
Souza se ajoelhou, olhando para as pessoas presentes, e levantou as mãos, em sinal de perdão. Ele alega sofrer de transtorno de irritabilidade. Disse que trata a condição com psicóloga. Os presentes, porém, gritaram ofensas ao preso e fizeram coro por justiça.
Com base no depoimento do preso, de uma testemunha e do neto da vítima, de 11 anos, presente na cena real do crime, a reconstituição ocorreu em três etapas. De acordo com a delegada Liliane Lopes Doretto, do 3º DP de Santos, não houve um embate anterior ao ato criminoso.
“Era necessário que eu tivesse a versão da criança”, disse a delegada à TV Globo. “As primeiras sensações que tenho é de que foi uma agressão gratuita. Não houve um embate da vítima para que houvesse essa desproporcionalidade e agressão.”
O que alega a defesa do homem
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Eugênio Malavasi, advogado que defende Tiago no caso, disse que um “impulso momentâneo” aconteceu em seu cliente. Ele trabalha com a tese de lesão corporal seguida de morte.
“O laudo da reconstituição mostrará, na essência, que a versão externada pelo Tiago está corroborada pela testemunha presencial que também deu sua versão”, afirmou Malavasi. “Ou seja, os fatos se enquadram na lesão corporal seguida de morte.”
Segundo relatos do neto da vítima e da testemunha, o aposentado e a criança estavam atravessando a rua entre os carros, com o semáforo fechado. Tiago Gomes de Souza estava dentro de seu Jeep Commander, quando avançou com o automóvel para cima da dupla.
O idoso, então, se apoiou no carro, o que teria enfurecido o motorista. Quando o avô e o neto concluíram a caminhada pela rua, o homem desferiu o chute no peito de Torresi.