Na madrugada desta sexta-feira, 17, a polícia francesa abateu um homem armado que incendiou uma sinagoga em Rouen, no noroeste da França. O incidente foi confirmado pelo ministro do Interior, Gérald Darmanin, e por autoridades locais.
Os policiais foram acionados devido à fumaça no edifício. Ele arremessou uma barra de ferro em direção aos agentes e os ameaçou com uma faca ao tentar sair do local. Em resposta, os oficiais efetuaram os disparos.
Embora o incêndio tenha sido contido, a sinagoga sofreu danos em sua infraestrutura. O prefeito de Rouen, Nicolas Mayer-Rossignol, informou que não houve feridos e afirmou que a cidade da Normandia está “abalada e chocada”.
Mayer-Rossignol também relatou que o agressor escalou a sinagoga e lançou um objeto incendiário, possivelmente um coquetel molotov, na principal sala de oração.
Aumento de ataques antissemitas na França
A identidade e as motivações do criminoso ainda são incertas. A França, junto de outros países europeus, enfrenta um aumento nos atos antissemitas. As ações se intensificaram depois do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro e a reação israelita à ofensiva.
Yonathan Arfi, presidente do grupo de defesa dos judeus CRIF, expressou no Twitter/X que o ataque é mais uma tentativa de instaurar um clima de terror entre os judeus do país.
Incendier une synagogue, c’est vouloir intimider tous les Juifs.
Une nouvelle fois, on veut faire peser un climat de terreur sur les Juifs de notre pays.
Combattre l’antisémitisme, c’est défendre la République.
Merci aux forces de l’ordre pour leur intervention rapide. https://t.co/3Dxoy7g1qA
— Yonathan Arfi (@Yonathan_Arfi) May 17, 2024
O rabino de Rouen, Chmouel Lubecki, falou à BFM TV sobre a importância de acender as velas de Shabat naquela noite, como um ato de resistência e continuidade da prática do judaísmo, apesar das adversidades.