O Hezbollah lançou drones contra o norte de Israel nesta terça-feira, 6, e feriu cinco pessoas. Os líderes do grupo terrorista afirmaram, segundo a CNN, que o ataque é um gesto de apoio aos palestinos em Gaza, e não uma retaliação à morte de um comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, por um bombardeio israelense em Beirute na semana passada.
Com este ataque, cresce o risco de uma escalada regional no Oriente Médio, em uma guerra direta entre Israel e Hezbollah, além do Irã, que apoia vários grupos envolvidos com o terror.
As tensões aumentaram depois da morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irã, no dia 31, poucas horas depois da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. O Irã atribui o ataque a Israel, que não confirma a autoria.
Uma guerra generalizada na região poderia desestabilizar a frágil ordem geopolítica do Oriente Médio e interromper cadeias globais de petróleo. Para evitar esse cenário, Estados Unidos (EUA) e Rússia pressionam Irã e Israel a moderarem seus ataques.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que a diplomacia norte-americana está “envolvida em intensa diplomacia, praticamente 24 horas por dia” para acalmar as tensões e evitar que o Irã prepare um ataque retaliatório contra Israel.
Diplomacia internacional em ação
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, uma resposta contida ao suposto assassinato do líder do Hamas por Israel Ele alertou contra ataques a civis israelenses.
A mensagem foi entregue na segunda-feira 5, pelo aliado de Putin, Sergei Shoigu, em reuniões com autoridades iranianas, enquanto o Irã avalia sua resposta à morte de Haniyeh.
Na segunda-feira 5, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que o país deve estar preparado para qualquer eventualidade, o que inclui uma rápida transição para um ataque contra o Irã ou o Hezbollah.
A resposta de Israel a qualquer ataque dependerá dos danos causados, segundo fontes familiarizadas com as avaliações recentes do país. O Irã apoia o Hamas, em guerra com Israel em Gaza, e o Hezbollah, com quem Israel tem trocado ataques desde a invasão do sul de Israel pelo Hamas em 7 de outubro, o que desencadeou conflito em Gaza.