domingo, fevereiro 23, 2025
InícioDestaqueHarvard se compromete a proteger alunos judeus

Harvard se compromete a proteger alunos judeus

A Universidade Harvard anunciou nesta terça-feira, 21, um acordo para proteger estudantes judeus, encerrando processos judiciais que a acusavam de ser um “foco de antissemitismo desenfreado”.

De acordo com informações da Reuters, a instituição comprometeu-se a adotar a definição de antissemitismo da Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA). Agora, a entidade quer que a comunidade judaica seja “acolhida, respeitada e possa prosperar”.

Segundo a IHRA, antissemitismo é uma percepção específica sobre judeus que pode se manifestar como ódio, incluindo manifestações retóricas e físicas contra pessoas judias e não judias, além de propriedades e instituições religiosas judaicas. A definição da aliança será utilizada como base para a análise de comportamentos que possam violar suas políticas de não discriminação.

Compromisso de Harvard contra a discriminação de judeus

harvard israel 2
Patrocinadores e ex-estudantes, incluindo um ex-presidente da instituição, se chocaram com a manifestação dos estudantes de Harvard contra os judeus | Foto: Reprodução/Instagram/harvardpsc

Além de adotar tal definição, Harvard comprometeu-se a apresentar relatórios anuais sobre o tema e a fornecer treinamento para funcionários que analisam denúncias de discriminação. O acordo visa a resolver ações judiciais movidas por organizações como Students Against Antisemitism, Jewish Americans for Fairness in Education e Brandeis Center for Human Rights Under Law.

Essas ações acusavam Harvard de não proteger alunos judeus, especialmente depois do início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 em outubro de 2023, quando houve tolerância a protestos pró-palestinos nos campi.

Reações e declarações dos envolvidos

Marc Kasowitz, advogado dos Estudantes contra o Antissemitismo, expressou confiança no compromisso de Harvard com a proteção de seus estudantes judeus. Ele afirmou que declarações que defendem a destruição do Estado de Israel ou a morte de israelenses são antissemitas.

Os estudantes judeus alegaram que Harvard aplicava suas políticas antidiscriminatórias de forma seletiva. Tal postura permitia que os judeus fossem chamados de assassinos e virassem alvo de protestos que acusavam Israel de crimes de guerra. Eles também acusaram Harvard de contratar professores que promoviam “violência antijudaica” e propaganda antissemita.

Implicações legais e resolução do acordo

As ações judiciais alegavam que Harvard violava a Lei de Direitos Civis de 1964, que proíbe discriminação em instituições que recebem fundos federais. Apesar de a universidade negar irregularidades, concordou com um acordo.

Um porta-voz afirmou que Harvard está comprometida em criar um ambiente acolhedor e seguro para todos os alunos.

“Estamos empenhados em garantir que nossa comunidade judaica seja acolhida, respeitada e possa prosperar em Harvard”, disse o porta-voz da universidade. “Estamos firmes em nossos esforços para confrontar o antissemitismo e continuaremos a implementar medidas robustas para manter um ambiente acolhedor, aberto e seguro no campus, onde todos os alunos tenham um sentimento de pertencimento.”

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui