O Hamas incluiu terroristas feridos do grupo nas listas de civis que seriam resgatados pela passagem de Rafah, que liga Gaza ao Egito. O jornal The New York Times divulgou a informação na noite da sexta-feira 3, com base em informações de um funcionário sênior do governo dos Estados Unidos.
A reportagem informa que o Hamas entregou ao Egito, aos Estados Unidos e a Israel as listas com nomes de palestinos que estavam feridos e deveriam receber autorização para sair de Gaza.
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Ao analisar a primeira lista, as diplomacias dos três países verificaram que um terço dos palestinos eram do Hamas. Isso preocupou especialmente o Egito, que teme a entrada de terroristas no país.
De acordo com o funcionário do alto escalão da Casa Branca, os três países recusaram a lista enviada pelos extremistas islâmicos. O Hamas insistiu, mas apenas civis palestinos conseguiram receber autorização para deixar Gaza.
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As informações foram transmitidas sob condição de anonimato, segundo o The New York Times.
Brasileiros seguem em Gaza
Pelo terceiro dia seguido, os brasileiros retidos na Faixa de Gaza ficaram fora da lista de estrangeiros autorizados a deixar o enclave, na sexta-feira. O grupo é formado por 34 pessoas, entre brasileiros e familiares próximos que esperam pelo resgate.
Assim como aconteceu na quinta-feira 2, os norte-americanos são maioria na lista, com 367 pessoas liberadas. Há também cidadãos do México, do Reino Unido, da Alemanha, da Itália e da Indonésia, além de outra lista separada com os franceses.
Ao todo, mais de 600 estrangeiros receberam o sinal verde para a travessia de Rafah, que leva ao Egito.
Stand by
O Itamaraty tem dito que negocia com as autoridades locais até que todos os brasileiros sejam repatriados e que mantém um avião no Cairo, a postos, para fazer o resgate. Na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou por telefone com o chanceler do Egito, Sameh Shoukry, que prometeu dar prioridade ao grupo do Brasil. Até agora, nenhum esforço diplomático surtiu efeito.
A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou mais de 1,4 mil pessoas na invasão sem precedentes ao território israelense.
Israel afirma ter cercado a cidade de Gaza, a principal do enclave, enquanto o primeiro ministro Binyamin Netanyahu afirma que sua campanha militar “está no auge”.
Diante da escalada do conflito, os EUA, um dos principais aliados de Tel-Aviv, pressionam por pausas humanitárias para minimiza