O governo de Israel confirmou, na madrugada desta quinta-feira, 30, que o cessar-fogo temporário em Gaza foi estendido por pelo menos mais um dia. As negociações ocorreram horas antes do reinício do combate, marcado para as 7h.
O Hamas deve, até o fim do dia, devolver mais oito reféns e três corpos. Em contrapartida, os israelenses terão que libertar 30 prisioneiros acusados de terrorismo.
Pouco antes das 7h, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que, “à luz dos esforços dos mediadores para continuar o processo de libertação dos reféns e sujeito aos termos de acordo, o cessar-fogo continuará.”
A lista adicional enviada pelo Hamas, com o nome dos reféns que serão libertados em mais um dia de extensão da trégua, estava sendo considerada “inaceitável” pela mídia hebraica.
Segundo relatos locais, nessa nova lista, o Hamas teria incluído mais uma vez o nome de dois russos-israelenses que já haviam sido libertados na quarta-feira, 29, em um acordo paralelo entre os terroristas e Moscou.
A crítica também se estendia ao fato de que na relação constavam corpos de reféns, entrando na contagem dos dez negociados, “numa distorção do acordo”.
Em resposta ao questionamento da imprensa local, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que a lista recebida está “de acordo com os termos do esboço, e portanto, a pausa continuará.”
Uma hora depois desse comunicado, em resposta aos questionamentos da imprensa local, os familiares dos reféns contemplados foram informados pelas autoridades israelenses de que os seus entes estão programados para serem devolvidos na noite desta quinta-feira, 30.
Como parte do acordo, o Hamas terá que liberar, pelo menos, dez reféns para cada dia adicional de pausa nos combates. Por sua vez, Israel também precisará soltar 30 prisioneiros palestinos para cada dez sequestrados devolvidos pelos terroristas.