O grupo Hamas afirmou neste sábado, 7, que o refém israelense Matan Zangauker pode ser morto se as Forças de Defesa de Israel (FDI) continuarem com operações militares na área onde ele está detido. A declaração foi feita pelo porta-voz militar da organização terrorista, Abu Obeida, por meio do Telegram.
“Alerta urgente aos que se preocupam… As forças de ocupação estão cercando um local onde está detido o prisioneiro sionista ‘Matan Zangauker’”, relatou o terrorista. “Afirmamos de forma inequívoca que o inimigo não conseguirá recuperá-lo com vida. Se este prisioneiro for morto durante uma tentativa de resgate, o exército de ocupação será responsável por sua morte, depois de termos preservado sua vida por um ano e oito meses. Quem avisa está isento…”
As FDI negaram que estejam realizando qualquer operação para resgatar Matan no momento.
O Hamas já matou reféns em circunstâncias semelhantes. Em maio do ano passado, o grupo executou seis reféns israelenses, composto por Hersh Goldberg-Polin, Eden Yerushalmi, Carmel Gat, Almog Sarusi, Alexander Lobanov e Ori Danino.
O grupo relatou que os assassinatos eram resposta a ações militares das FDI próximas ao local onde estavam mantidos. Os corpos foram encontrados num túnel em Rafah.
“Netanyahu e o exército de ocupação são os únicos responsáveis pelas mortes dos prisioneiros”, declarou Obeida na ocasião. “Eles bloquearam propositalmente qualquer acordo de troca por interesse próprio, e ainda mataram dezenas de prisioneiros com bombardeios diretos.”
Reféns do Hamas já foram resgatados
Obeida ainda acrescentou:
“Que fique claro para todos que, depois do incidente em Nuseirat, novas instruções foram dadas aos Mujahideen encarregados de proteger os prisioneiros. Essas instruções detalham como agir se o exército de ocupação se aproximar dos locais de cativeiro.”
O chamado Incidente em Nuseirat refere-se à operação militar de Israel que resgatou quatro reféns do campo de refugiados em Gaza. A ação, batizada de Operação Arnon, resultou na morte de ao menos 100 pessoas segundo estimativas do Exército de Israel — ou quase 300, segundo o Hamas.
Os reféns resgatados na ocasião foram Noa Argamani, 26 anos; Andrey Kozlov, 27; Almog Meir Jan, 21; e Shlomi Ziv, 40.