Diante de uma possível onda de greves de servidores públicos federais, o Palácio do Planalto agendou uma reunião extraordinária com representantes de diversos órgãos. O encontro está marcado para a quarta-feira, 10.
Existe no funcionalismo público uma insatisfação generalizada por causa dos salários, que os servidores consideram defasados. A paralisação seria uma forma de pressionar o governo Lula (PT) a fazer reajustes nos vencimentos.
A decisão de marcar a reunião partiu de um encontro, no último fim de semana, do qual participaram a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Servidores de pelo menos 40 instituições federais pressionam o governo. Apesar de agendar a reunião extraordinária para tratar dessas demandas salariais, Haddad já adiantou que é “impossível falar em reajuste real ainda neste ano”, segundo a CNN.
Em 2023, os servidores tiveram um acréscimo de 9% nos seus proventos. Agora, o ministro pretende mostrar que as contas do governo não permitem bancar novos aumentos.
Institutos federais em greve
As categorias que mais insistem nos reajustes e já mostraram a intenção de realizar greves são os professores do ensino superior. Funcionários dos institutos federais e técnicos das universidades públicas já fizeram uma paralisação das atividades.
Com isso, quase 300 campi de institutos federais interromperam as atividades na última segunda-feira, 8. Ainda não há previsão de retorno dos serviços.
Na mesa de negociações dos que ameaçam uma greve estão benefícios como auxílio-alimentação, creche e saúde, para 2024, e aumento de salário de 4,5% em 2025 e 2026.