domingo, novembro 24, 2024
InícioPolíticaHaddad diz que 'todo mundo vai ganhar' com a reoneração

Haddad diz que ‘todo mundo vai ganhar’ com a reoneração

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que “todo mundo vai ganhar” com a reoneração da folha de pagamento para 17 setores e municípios. O político participou do programa Bom dia, ministro, transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta quarta-feira, 8.

Haddad anunciou sua intenção de dialogar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a desoneração da folha. Em entrevista, o ministro mencionou que uma reoneração gradual facilitaria a organização da reforma tributária.

“Essa visita [a Pacheco] visa a mostrar que todos se beneficiarão, pois a reoneração será progressiva”, disse Haddad. “Daria tempo de a Fazenda preparar e concluir a reforma sobre o consumo e passar a considerar as reformas adicionais.”

Ele também mencionou que o Executivo pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que interviesse por causa da falta de consonância entre “o que estava acontecendo” e as contas públicas.

Fernando Haddad criticou a suposta ausência de diálogo anterior sobre o assunto, que acredita que deveria ter sido iniciado em outubro do ano passado. Depois de meses de negociações sem sucesso, os setores impactados apresentaram uma contraproposta na terça-feira 7, que estava em linha com a visão do governo para resolver a questão.

“Achei por bem, até por recomendação do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva], pelas boas práticas políticas, pedir uma reunião com o presidente Rodrigo Pacheco para que ele tomasse ciência da arte, da proposta que foi feita pela Fazenda e da contraproposta que foi feita pelos setores”, disse o ministro.

Haddad critica desoneração

Haddad criticou a prática de favorecer certos setores em detrimento de outros e defendeu um sistema tributário “mais justo e transparente”, que abranja consumo, renda e folha de pagamento, sem exceções.

A controvérsia se intensifica com a votação em andamento no STF, onde cinco ministros já votaram pela suspensão de partes da Lei 14.784/23, que trata da desoneração. A análise da liminar está pausada desde 26 de abril, quando o ministro Luiz Fux pediu mais tempo para revisão.

Segundo o site Poder360, a equipe econômica está preocupada com as “pautas-bomba” que podem elevar o déficit das contas públicas em até R$ 80,8 bilhões em 2024. A ação ocorre depois de uma queda na arrecadação de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre do ano.

A arrecadação federal depende do número de empregados. O impacto financeiro da desoneração, que já soma R$ 148,4 bilhões desde 2012, pode piorar com possíveis demissões.

Sob a orientação de Haddad, a Advocacia-Geral da União (AGU) defende a revisão da política de desoneração. O órgão argumenta que os empregos prometidos não foram criados e que, depois da reforma da Previdência, tais isenções fiscais se tornaram inconstitucionais.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui