Cibercriminosos se infiltraram em centenas de empresas de todo o mundo, incluindo grandes corporações, para roubar segredos comerciais e grandes valores em criptomoedas. O alerta foi feito durante uma conferência realizada nos Estados Unidos.
Segundo analistas da Microsoft, os hackers têm ligação com o governo da Coreia do Norte e fingiram ser especialistas em TI, usando identidades falsas, perfis no LinkedIn e até mesmo inteligência artificial para modificar suas fotos e voz.
Hackers acessaram dados de empresas aeroespaciais e de defesa
- Uma investigação apontou que os golpistas conseguiram enganar os recrutadores e forma contratados para trabalhar remotamente, recebendo notebooks em endereços nos EUA.
- Nos laptops, outros indivíduos que faziam parte do esquema instalaram programas que permitiam acessar arquivos e outros dados sem revelar sua verdadeira localização.
- O grupo denominado “Ruby Sleet” chegou a comprometer dados de empresas aeroespaciais e de defesa para aprimorar sistemas de navegação e armas norte-coreanas.
- A Microsoft afirma que infiltrados da Rússia e da China também participavam das ações criminosas.
- Todos os países citados negam qualquer envolvimento no caso.
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Criminosos teriam ligação com a Coreia do Norte
Em outro esquema descoberto pela Microsoft, integrantes do grupo “Sapphire Sleet” fingiam ser investidores e recrutadores para roubar criptomoedas de empresas e indivíduos. Eles marcavam reuniões virtuais com potenciais vítimas e convenciam os alvos a baixar uma ferramenta para realização de videochamada e outra para avaliação de habilidades.
Esses programas, no entanto, continham malwares instalados silenciosamente e que invadiam carteiras criptografadas. Em apenas seis meses, os cibercriminosos roubaram US$ 10 milhões (cerca de R$ 60 milhões) em criptoativos.
Segundo as autoridades, o grupo criminoso pode ter desviado bilhões de dólares em criptomoedas na última década. Este dinheiro supostamente foi enviado para o regime da Coreia do Norte com o objetivo de financiar o programa de armas nucleares do país.