quinta-feira, setembro 19, 2024
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Grupo Educacional Oswaldo Cruz vai leiloar imóveis para evitar falência

O centenário Grupo Educacional Oswaldo Cruz, fundado em 1914, vai leiloar oito imóveis na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Os imóveis foram avaliados em R$ 104 milhões.

A medida faz parte de um plano de recuperação judicial para pagar credores e evitar a falência da instituição, que acumula dívidas de R$ 63 milhões.

Os imóveis incluem casas, sobrados, prédios, um armazém e terrenos nas ruas Conselheiro Brotero e Brigadeiro Galvão, próximos à faculdade do grupo.

A localização, perto das estações Marechal Deodoro e Barra Funda do Metrô, deve atrair incorporadoras, dada a movimentação da região.

Detalhes do leilão

O leilão vai ocorrer em 9 de outubro, com lances mínimos iguais ou superiores ao valor de avaliação. Caso não haja compradores, uma segunda rodada deve acontecer em 24 de outubro. Nessa segunda data, os lances serão 15% abaixo do valor inicial. A Mega Leilões está responsável pelo certame.

A liquidação de bens é um momento difícil para o Grupo Educacional Oswaldo Cruz, que começou como ginásio de ensino primário. Ao longo dos anos, expandiu para cursos técnicos e ensino superior.

História e crise financeira do grupo Oswaldo Cruz

A instituição oferece graduações em áreas como química, física, matemática, letras e pedagogia, e já teve mais de 3 mil alunos.

A crise financeira se agravou durante a pandemia, quando perdeu metade dos alunos e a inadimplência aumentou. Mesmo antes, a situação era precária.

No plano de recuperação, o grupo afirma que não seguiu as “exigências capitalistas liberais” do mercado educacional, “dominado por fundos de investimento que canibalizam o ensino” e tratam as aulas como commodities.

A venda dos imóveis visa a reforçar o caixa para pagar salários de professores e funcionários, além de investimentos em ensino e pesquisa.

O grupo também planeja expandir suas atividades e se tornar uma universidade sem fins lucrativos, com inclinação judaico-cristã. O plano de recuperação foi aprovado pelos credores em julho do ano passado.

Administração e disputa familiar

A administração da instituição foi transferida para a consultoria Corbacho, em meio a uma disputa com o grupo familiar que herdou o espólio de Maria Teresa Quirino Simões, filha do fundador da faculdade.

O processo de recuperação está na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.

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Via Revista Oeste

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