O aplicativo de relacionamento gay Grindr enfrenta um grande processo judicial em Londres movido por centenas de usuários que alegam que suas informações privadas, incluindo o status de HIV, foram compartilhadas com terceiros sem consentimento, disse um escritório de advocacia nesta segunda-feira (22).
A Austen Hayes, que afirmou que o processo está sendo aberto no Tribunal Superior de Londres, disse que milhares de usuários do Grindr no Reino Unido podem ter sido afetados.
A firma alega que informações altamente confidenciais dos usuários, incluindo o status de HIV e a data do último teste de HIV, foram fornecidas a terceiros para fins comerciais.
O Grindr disse em um comunicado fornecido ao jornal The Guardian que planejava “responder vigorosamente a esta alegação, que parece ser baseada em uma deturpação de práticas de mais de quatro anos atrás”.
A Austen Hayes disse que cerca de 670 pessoas se inscreveram no processo por violações supostamente ocorridas entre 2018 e 2020, com potencialmente milhares de outras se juntando ao caso.
A diretora-gerente da Austen Hayes, Chaya Hanoomanjee, disse em um comunicado: “O Grindr deve à comunidade LGBTQ+ que atende indenizar aqueles cujos dados foram comprometidos e sofreram angústia como resultado, e garantir que todos os seus usuários estejam seguros ao usar o aplicativo, onde quer que estejam, sem medo de que seus dados sejam compartilhados com terceiros.”
O Grindr não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. O The Guardian relatou que um porta-voz do Grindr afirmou: “Estamos comprometidos em proteger os dados de nossos usuários e em cumprir todos os regulamentos de privacidade de dados aplicáveis, incluindo no Reino Unido.”
“Temos orgulho do nosso programa global de privacidade e levamos a privacidade extremamente a sério.”