“É gravíssimo”, avalia o advogado e assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fábio Wajngarten, sobre vazamento de áudios, divulgados pela revista “Veja”, em que Mauro Cid critica o trabalho da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF), em operação que investiga suposta tentativa de golpe de estado.
“Estou estarrecido. É grave porque mostram [os áudios] um procedimento em que o depoente evidencia que o que está no papel não é o que ele tenha dito”, disse à CNN.
O advogado também utilizou as redes sociais para comentar o caso. “Fui surpreendido e ainda não tenho opinião formada, nem juízo de valor, diante de tantas possibilidades que podem ter ocorrido”, escreveu.
Segundo interlocutores próximos ao ex-presidente ouvidos pela CNN, acreditou-se, em primeiro momento, que o vazamento se tratava de “conluio” entre Cid, seu advogado e a revista, depois avaliou-se alguém próximo ao ex-ajudante de ordens, ou até mesmo um indivíduo que conversou com ele já nessa intenção, possa ter vazado as mensagens.
Fontes afirmam à CNN que estão estudando o que será feito a partir de agora, mas que acreditam que o vazamento beneficia Bolsonaro na investigação.
Além disso, não descartam a possibilidade de haver mais gravação, uma vez que o material vazado parece “editado”.
Nos áudios revelados pela revista “Veja”, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro afirma que foi pressionado por agentes a confessar fatos que não necessariamente aconteceram.
“Você pode falar o que quiser. Eles não acreditavam e discutiam. E discutiam que a minha versão não era a verdadeira”, disse o tenente-coronel Mauro Cid.
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