O grafeno já foi chamado de o “material do futuro”. Trata-se de um composto de átomos que é leve, fino, rígido e que conduz bem a eletricidade e a temperatura. Ele já está presente em diferentes objetos do nosso cotidiano, desde eletrônicos a embalagens, por exemplo.
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O grafeno já foi usado em semicondutores, na produção de esponjas e até na confecção de capacetes. E, agora, ele pode ser importante na área da construção civil.
Pelo menos é isso o que aponta um novo estudo da Rice University, nos Estados Unidos. Os cientistas substituíram a areia pelo grafeno na hora de produzir o concreto e o resultado foi animador.
Um concreto mais eficiente
De acordo com os pesquisadores, o material encontrado foi:
- 25% mais leve que o concreto feito com areia;
- O material apresentou um aumento de 32% na tenacidade;
- Aumento de 33% na deformação máxima;
- E de 21% na resistência à compressão.
Um artigo científico mostrando os resultados foi publicado na revista ACS Applied Materials.
Vale lembrar que o concreto é feito de três ingredientes principais: água, um agregado como a areia e cimento para unir tudo. A areia é o maior componente em volume.
Ou seja, o grafeno foi usado em grande quantidade na pesquisa – e aí entra a maior desvantagem: o preço.
A equipe explicou que o grafeno é atualmente muito caro para tornar este método comercialmente viável em grande escala.
Além do alto custo, ele também é de difícil fabricação, já que está dentro da chamada nanotecnologia, um processo científico que manipula elementos em escala mínima, por vezes quase invisível.
Mais sobre o grafeno
- Para se ter ideia, uma placa de grafeno é milhares de vezes mais fina que uma folha de papel.
- Ao mesmo tempo, é até cem vezes mais resistente que uma chapa de aço.
- Esse material é estudado há mais de 70 anos.
- Ele, no entanto, voltou a ficar em evidência nas últimas duas décadas, pela sua aplicação na indústria – além da ampliação nos estudos.
- O Brasil é considerado uma potência em grafeno, já que possui umas das maiores reservas de grafite do mundo, segundo informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos.
As informações são do New Atlas.