quarta-feira, janeiro 15, 2025
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‘Governo se queima por gana de arrecadação’

Em entrevista ao Jornal da Oeste desta quarta-feira, 15, o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) analisou o recuo do governo a respeito da ampliação da fiscalização da Receita Federal, que teria maior acesso ao Pix por meio da portaria 2.219/2024.

Conforme a medida, agora revogada, o órgão teria acesso a transações mensais de pessoas físicas a partir de R$ 5 mil e de pessoas jurídicas a partir de R$ 15 mil.

“Esse desgaste que foi causado no governo é reflexo do quão fundo ele foi na gana por arrecadação”, afirmou o parlamentar. “O governo foi ao bolso do cidadão comum, que não aguenta mais.”

Em coletiva de imprensa sobre o anúncio da revogação, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, declarou que decidiu revogar o ato, “pois isso virou uma arma na mão de criminosos”. “Não aceitaremos uso do nome da Receita para dar golpes”, disse Barreirinhas.

Em razão das justificativas do governo, Bilynskyj disse não acreditar que o recuo se deu por uma revisão justa, mas, sim, por uma incapacidade de ”lidar com o impacto negativo”. Conforme o parlamentar, o Executivo atual ”está na UTI” e não tem força para se sustentar por mais 2 anos. “Não chega ao fim, vai ter impeachment”, disse.

Medida da Receita sobre Pix foi alvo de críticas

Os vazamentos ocorreram entre 26 de junho e 2 de julho | Foto: Reprodução/Redes sociais
Medida da Receita Federal começou a valer em 1º de janeiro de 2025 | Foto: Reprodução/Redes sociais

A portaria do Ministério da Fazenda foi alvo de duras críticas nas redes sociais, principalmente por parte de comerciantes e trabalhadores informais. Eles ficaram receosos de ter suas transações monitoradas pela Receita Federal.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) explicou as mudanças até então em vigor e criticou-as. O vídeo teve mais de 220 milhões de visualizações em pouco mais de 24 horas no ar.

A medida começou a valer do dia 1° de janeiro. Ela previa que o Fisco poderia acessar informações das chamadas “instituições de pagamento”, empresas que realizam transações, mas não ofertam empréstimos.

Todas as contas de pessoas físicas que movimentassem mais de R$ 5 mil por mês e de pessoas jurídicas que movimentassem mais de R$ 15 mil por mês teriam seus dados informados para a Receita Federal.



Via Revista Oeste

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