O governo federal vai repetir a força-tarefa interministerial que colocou em prática em novembro ao receber os brasileiros e palestinos vindos da Faixa de Gaza para acolher e auxiliar o segundo grupo, que deverá ser repatriado nos próximos dias.
O avião KC-30 da Força Áerea Brasileira (FAB) decolou às 5h08 deste sábado (9) do Rio de Janeiro com destino ao Cairo, capital do Egito, para resgatar o grupo de 78 brasileiros e familiares próximos que foram autorizados a deixar a Faixa de Gaza.
A operação é coordenada pela Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e conta com atuação dos ministérios do Desenvolvimento Social, das Relações Exteriores, da Defesa e da Saúde.
Os repatriados vão receber do governo documentos brasileiros e que permitam a continuação da regularização migratória, atendimento de saúde — com atualização de vacinas, auxílio de assistentes sociais e psicólogos — e acolhimento em abrigo.
O segundo grupo, que aguarda autorização para cruzar a fronteira entre Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e o Egito, é composto por 78 pessoas. Israel vetou 24 nomes da nova lista.
O primeiro grupo que chegou ao Brasil no dia 14 de novembro reunia 32 brasileiros e dez parentes palestinos foram repatriados pelo governo brasileiro.
De lá para cá, o governo ampliou os critérios para a inclusão de nomes na lista de repatriação. A primeira incluía cônjuges e filhos. A segunda permite também avós e irmãos mais velhos, o que faz com que haja mais palestinos do que brasileiros.
A missão de repatriação trouxe ao Brasil 1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana.
O décimo primeiro voo de repatriação de brasileiros que estão na zona de guerra, operado pela Força Aérea Brasileira, acontecerá assim que houver a autorização para que o grupo cruze a fronteira com o Egito.
A aeronave KC-30 sairá da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto Internacional de Cairo.
A aeronave da FAB transportará cerca de 11 toneladas de alimentos não perecíveis, fornecidos pelo governo, para assistência humanitária.
Ao todo, o Brasil enviou 40 purificadores de água com capacidade de tratar mais de 220 mil litros por dia, kits com medicamentos e insumos médicos que atendem até 6 mil pessoas ao longo de um mês e 1,5 tonelada de alimentos.
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