Os invasores do sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Desse total, eles conseguiram desviar ao menos R$ 3,5 milhões, segundo a GloboNews. E o governo recuperou R$ 2 milhões, de acordo com documentos obtidos pelo jornal Folha de S. Paulo.
Para quem tem pressa:
- Criminosos que invadiram o sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, tentaram movimentar R$ 9 milhões do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Eles conseguiram desviar R$ 3,5 milhões, dos quais R$ 2 milhões foram para uma empresa de comércio em Campinas e parte do restante foi enviada para o exterior;
- O governo conseguiu recuperar R$ 2 milhões após ação conjunta com autoridades policiais e a instituição de pagamento responsável. Os esforços para recuperar o restante dos fundos continuam;
- O dinheiro desviado para o estabelecimento comercial em Campinas estava destinado ao Serviço Federal de Processamento de Dados. O desvio foi realizado por meio de uma chave aleatória do Pix na noite de 28 de março, e o Ministério notou a irregularidade em 1º de abril;
- A Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigam o caso. Em resposta à invasão, o Tesouro Nacional, gestor do Siafi, implementou medidas adicionais de segurança para fortalecer o sistema contra futuras tentativas de invasão.
O jornal também apontou que os invasores do sistema de pagamentos desviaram cerca de R$ 2 milhões para a conta de um estabelecimento comercial em Campinas (SP). A quantia estava originalmente reservada a um contrato do governo para manutenção de software.
Os documentos obtidos pela reportagem do jornal apontam que o governo conseguiu reaver os R$ 2 milhões após acionar autoridades policiais e a instituição de pagamento. E, segundo a GloboNews, outra parte dos R$ 3,5 milhões desviados foi enviada para o exterior.
Invasão de sistema do governo
A quantia desviada para o estabelecimento comercial campineiro estava empenhada para o Serviço Federal de Processamento de Dados. Para você entender: empenho é a primeira fase do gasto, quando o governo se compromete a fazer o pagamento (mas o pagamento, em si, ocorre em outro momento).
O jornal apurou que a empresa se chama Eliezer Toledo Bispo, registrada com nome fantasia “Adonai Comércio”. Na Receita Federal, consta que a atividade principal da empresa é “comércio varejista de móveis”. Já nas funções secundárias, constam, por exemplo: cosméticos, brinquedos, eletrodomésticos e artigos de viagem.
A Folha também apurou que o desvio dos R$ 2 milhões ocorreu por meio de uma chave aleatória do Pix às 21h42 de 28 de março, véspera da Sexta-Feira Santa. E o MGI percebeu a irregularidade em 1º de abril.
A empresa não atendeu às ligações nem respondeu as mensagens enviadas pela reportagem, que não encontrou página do comércio nas redes sociais. O MGI informou que não se manifesta sobre o caso para não atrapalhar as investigações.
A Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigam o caso. E o Tesouro Nacional, gestor do Siafi, implementou medidas adicionais de segurança ao sistema.