O porta-voz do governo argentino, Manuel Adorni, disse nesta quinta-feira (14) que a ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, anunciará um pacote com sanções severas contra manifestantes que bloquearem as ruas do país.
“A ministra Patrícia Bullrich, em uma coletiva de imprensa, anunciará o ‘Protocolo para a manutenção da ordem pública’. Antecipo que ele incluirá sanções severas a todos aqueles empenhados em impedir a livre circulação dos argentinos e isto afeta quem bloqueia, quem transporta, quem organiza e quem financia”, disse ele.
Durante a campanha para a presidência, Milei adotou como slogan político “viva la libertad, carajo” (viva a liberdade, caralho), no entanto, a medida vai na contramão do discurso.
As manifestações públicas são atitudes comuns entre a população argentina, principalmente nos últimos anos. Muitas vezes concentradas no centro de Buenos Aires, as revoltas populares servem como uma forma de indicativo ao governo sobre o reflexo dos seus planos na sociedade.
Um dos principais grupos revoltosos é o Polo Obrero — formado por trabalhadores, desempregados e pessoas de baixa renda — que, inclusive, organiza uma manifestação em todo o país para o dia 20 de dezembro.
“As organizações que vão à luta são fortemente atacadas pelo governo e pelo sistema de justiça porque somos uma referência no combate à fome, aos ajustes e ao desemprego em todo o país”, diz um comunicado do Polo Obrero.
Os membros do grupo criaram um partido próprio e criticam os governos peronistas, kirchneristas e também massistas.