O Governo do Rio Grande do Sul realiza um mapeamento dos 722 alojamentos que atendem a 81.285 abrigados. O objetivo é proporcionar mais efetividade das doações e políticas públicas do Estado para os abrigos. Até a tarde deste domingo, 12, foi feito o levantamento de informações de 96 alojamentos do RS.
“O objetivo desse levantamento é identificar onde estão os abrigos”, explicou Gustavo Saldanha, coordenador do Observatório Social da Escola de Desenvolvimento Social do RS. “Identificamos características básicas das suas estruturas, características dos perfis das pessoas que estão sendo abrigadas e suas necessidades.”
Até o momento, 90 municípios do RS contam com alojamentos. O grupo identificou que 96 destes espaços contam com 47,92% gestantes ou puérperas; 47,17% abrigados que são indígenas ou quilombolas; e 43,75% possuem migrantes.
“O objetivo desse levantamento é identificar onde estão os abrigos, as características básicas das suas estruturas, características dos perfis dos abrigados e suas necessidades”, relatou Saldanha.
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O coordenador e secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) explicou que o mapeamento dos 96 abrigos considerou as crianças de 0 a 5 anos alojadas para que “as informações sejam repassadas para a área da saúde.”
“Também começamos a identificar o acesso a água desses abrigos, quais precisam de medicamentos, itens de cozinha para oferecer segurança nas refeições, além de quais abrigos precisam de cobertores e produtos de higiene e limpeza”, sinalizou.
Os dados sobre os abrigados e os alojamentos do RS irão auxiliar “especificar” as demandas do governo para o Ministério do Desenvolvimento Regional. Também para “auxiliar os parceiros na hora de viabilizar recursos e doações para as características reais dos abrigos e das abrigadas.”
O governador do RS, Eduardo Leite (PSDB), se reuniu, neste domingo, 12, com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, no Palácio Piratini. Discutiu-se a situação dos abrigados, a possibilidade de alojamentos exclusivos para mulheres e a situação prevista para os próximos dias no Estado.
“A agenda do governo, daqui pra frente, será a reconstrução do Rio Grande do Sul”, disse Leite. “Aquilo que pensávamos no início do mandato tem de ser colocado de lado para atender essa emergência até o fim de nossa gestão. E isso vai exigir cooperação entre todos os poderes.”
Cida Gonçalves disse que uma equipe do ministério, juntamente da Advocacia-Geral da União (AGU), “vai trabalhar com base nos protocolos da Organização das Nações Unidas.”
“A ideia é elaborar processos e fluxos referentes aos diversos tipos de situações que podem ocorrer, estabelecendo o que deve ser feito em cada cenário”, acrescentou a ministra de Lula.