sexta-feira, novembro 22, 2024
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governo Lula revoga licitação de R$ 200 mi

Em razão de possível fraude, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República do governo de Luiz Inácio Lula da Silva anulou a licitação aberta para contratar serviços de comunicação digital no governo federal cujo teto era de quase R$ 200 milhões.

A licitação já estava suspensa desde julho pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que viu indícios de fraude no processo. A decisão pela revogação da Secom foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na última sexta-feira, 30.

Em nota, a Secom, comandada por Paulo Pimenta quando a licitação foi deflagrada, negou a possível fraude e reiterou a “a idoneidade da licitação que estava em curso” e disse que a decisão foi tomada para “garantir as condições de abertura de um novo processo licitatório”.

Pimenta foi nomeado para Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, mas deve voltar à Secom em 12 de setembro.

“A contratação dos serviços é fundamental para dar mais eficiência às informações do governo federal sobre políticas públicas e de prestação de contas à população nos meios digitais”, acrescenta a Secom, na nota.

A fraude observada pelo TCU na licitação do governo Lula

Sede do Tribunal de Contas da União, em Brasília: alerta de irregularidades e risco de novo prejuízo aos cofres públicos
Sede do Tribunal de Contas da União, em Brasília | Foto: Divulgação/TCU

O edital de licitação previa a contratação de quatro agências para cuidar da atuação digital do governo. A área técnica do TCU identificou indícios de que o sigilo da autoria das propostas das empresas foi violado, evidenciando falha ou fraude no processo.

Os planos de comunicação das empresas deveriam ser entregues em invólucros, mantido o sigilo das informações de cada uma das propostas apresentadas. No entanto, um dia antes do resultado da licitação, o site O Antagonista publicou, por meio de códigos, o resultado do pregão, revelando a violação do sigilo.

Em seguida, o Ministério Público junto ao TCU pediu à Corte para suspender a licitação alegando que há indícios de possível “violação ao sigilo do procedimento”. O segredo neste caso era necessário pois a Secom analisou a melhor técnica, e não o menor preço.


Redação Oeste, com informações da Agência Estado

Via Revista Oeste

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