O governo Luiz Inácio Lula da Silva enviou apenas 15% (R$ 13,5 bilhões) dos mais de R$ 90 bilhões que prometeu destinar para o Rio Grande do Sul. Esse dinheiro serviria para o Estado se reerguer, depois das severas enchentes que o atingiram até o mês passado.
A verba se divide entre novos recursos, antecipação de benefícios ou prorrogação de tributos. Ao levar em consideração os novos recursos, apenas 4% foram destinados ao Estado.
O governo Lula informou que está enviando os recursos adequados para a necessidade do Rio Grande do Sul e dos municípios. “Não faltaram recursos do governo federal, que sempre esteve disponível e em diálogo com o governo do Estado e com os municípios desde o momento mais crítico do desastre até agora”, alegou a assessoria da Casa Civil.
A tragédia no Rio Grande do Sul
As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul entre o fim de abril e o início de maio afetaram 478 dos 497 municípios do Estado. Mais de 2 milhões de pessoas foram impactadas e 179 morreram até 27 de junho, conforme a Defesa Civil.
O nível do Lago Guaíba, em Porto Alegre, quase atingiu a cota de inundação de 3,6 metros, chegando a 3,47 metros. Outros rios, como o Rio dos Sinos, Caí e Gravataí, em São Leopoldo, Feliz e Gravataí, também estão em alerta por causa de uma forte frente fria, com temperaturas previstas entre 6ºC e -4ºC.
O riso de Lula
Durante coletiva de imprensa em 5 de maio, mesmo diante da tragédia no Rio Grande do Sul, Lula encontrou motivo para rir. O chefe do Executivo estava ao lado do governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), e dos presidentes das Casas Legislativas, Arthur Lira (Câmara) e Rodrigo Pacheco (Senado).
Com imagem em alta definição. pic.twitter.com/KGanNz4t1o
— Revista Oeste (@revistaoeste) May 5, 2024
Lula riu depois de Eduardo Leite comentar a criação de uma espécie de Plano Marshall para reconstruir o Rio Grande do Sul. “Desculpem o nome”, disse o governador. “Terá um outro nome que daremos a esse plano brasileiro. Vamos achar o nome. Mas é para dar consciência, porque o Plano Marshall é o do pós-guerra. A gente conhece.”