Mais uma vez, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ignora grupos terroristas que agem no Oriente Médio e critica Israel. Em nota divulgada nesta segunda-feira, 23, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) condena o que define como “contínuos ataques” promovidos por israelenses no sul do Líbano.
No comunicado, que não conta com a assinatura do chanceler Mauro Vieira, o Itamaraty não menciona que o sul libanês serve como base do Hezbollah. O órgão, aliás, nem cita o nome do grupo terrorista — que há décadas promove ataques contra o território israelense.
Em vez de reclamar do grupo terrorista, o governo Lula “condena” a ação sob liderança da Forças de Defesa de Israel. Além disso, o ministério brasileiro contesta, sem citar nomes, a postura de autoridades do país judaico.
“Também deplora declarações de autoridades israelenses em favor de operações militares e da ocupação de parte do território libanês”, afirma o MRE, em nota. “Expressa grave preocupação ante exortações do governo israelense para que civis libaneses evacuem suas residências naquelas regiões.”
O Itamaraty ainda pede o fim do conflito no Oriente Médio quanto antes. Aos brasileiros na região, o MRE reitera a orientação para que deixem o Líbano. Apesar disso, alega prestar apoio à comunidade brasileira que esteja no local, por meio da Embaixada do Brasil em Beirute, capital libanesa.
Governo Lula tem histórico de críticas a Israel
A nota do Ministério das Relações Exteriores não marca, contudo, a primeira crítica pública do governo Lula a Israel. O próprio presidente da República já comparou, por exemplo, a ação militar israelense contra o grupo terrorista Hamas com o nazismo. Em decorrência da declaração, o petista passou à condição de persona non grata pelo governo do país do Oriente Médio.
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Além disso, em mais de uma oportunidade, Lula chamou a atitude de Israel contra grupos terroristas como “genocídio”.
O atual conflito no Oriente Médio teve início em 7 de outubro do ano passado. Na ocasião, terroristas do Hamas invadiram o território israelense para estuprar, sequestrar e assassinar civis. Mais de mil pessoas foram assassinadas. Até hoje, quase um ano depois, o grupo terrorista mantém mais de cem pessoas em cárcere privado na Faixa de Gaza.
O governo Lula, que “condena” as ações de Israel, não classifica o Hamas como grupo terrorista.
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