O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja intensificar a publicidade depois das eleições municipais de 2024. O objetivo é melhorar a percepção do povo sobre a economia e diminuir o pessimismo popular. Até agora, a comunicação tem enfrentado críticas internas por não atingir a classe média de forma eficaz.
De acordo com pesquisa divulgada neste mês de outubro, 24% dos brasileiros veem a economia como o principal problema do país, contra um total de 21% referente ao estudo anterior.
Tal tema é mais preocupante que violência, corrupção e educação. Além disso, 41% acreditam que a economia piorou de um ano para cá.
Estratégia de comunicação mais ampla do governo Lula
O retorno das atividades coincide com a volta do ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta. Ele reassumiu o cargo em 12 de setembro, mas esteve em férias durante o período eleitoral. Agora, há expectativa por uma estratégia publicitária “mais ampla e agressiva”, segundo um interlocutor informou ao jornal O Estado de S. Paulo.
Durante a ausência do gaúcho Pimenta, que atuou no Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, houve críticas à comunicação, que voltou seus focos a apenas programas sociais, para sua base de apoiadores.
A campanha “Fé no Brasil”, de maio, abordou economia, educação, saúde e agro. No entanto, seus efeitos sofreram o impacto das enchentes do RS e das queimadas no Brasil.
Depois de coordenar ações de reconstrução no Rio Grande do Sul, Pimenta voltou à Secom em setembro, mas se licenciou para acompanhar as eleições. O pessimismo do eleitorado pode ser reflexo do período eleitoral e das queimadas.
Nesse sentido, sua equipe acredita que o Natal é um momento propício para revitalizar campanhas e o otimismo popular.