O governo federal alertou o governo e a Prefeitura do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (16), que para utilizar recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nos projetos contra inundações na área atingida por fortes chuvas, no fim de semana passado, será necessário dividir as obras por etapas. Com isso, dificilmente a conclusão aconteceria ainda em 2024.
Os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Cidades, Jader Filho, se reuniram a portas fechadas em Brasília e avaliaram os pedidos. Como os projetos são muito extensos, podem sair do papel apenas se forem cumpridos por fases, de acordo com relatos de integrantes do governo à CNN.
Foram solicitadas novas informações para as equipes do governador fluminense, Cláudio Castro (PL), e do prefeito carioca, Eduardo Paes (PSD). A expectativa é de que sejam apresentadas ainda nesta semana.
Os governos locais farão uma proposta de faseamento, ou seja, qual seria a melhor maneira de separar os projetos por fase. Somente depois dessa análise é que o Planalto fará o anúncio de que o PAC vai mesmo arcar com as obras.
Enquanto o estado do Rio de Janeiro priorizou o Projeto Iguaçu, a prefeitura da capital destacou o projeto do rio Acari, ambos destinados a obras de drenagem. Cada um tem custo estimado em cerca de R$ 800 milhões, o que totalizaria R$ 1,6 bilhão para conclusão.
Esse valor corresponde a um terço de todo dinheiro disponível no PAC para o mesmo perfil de obras, que é de R$ 4,8 bilhões. Várias prefeituras estão na fila à espera de resposta da seleção do governo federal. Há casos até mesmo de cidades do próprio Rio de Janeiro, como Petrópolis e Nova Friburgo, cenários de tragédia em outros verões, que também estão em áreas de risco aguardando por mais recursos federais.
Em conversa por telefone com o governador na segunda-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria questionado se as obras do estado e da capital fluminense seriam as mesmas. Prontamente, Castro explicou ao presidente que seriam diferentes, mas complementares.
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