O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, defendeu nesta terça-feira (20) a fala do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou os ataques de Israel em Gaza ao Holocausto ao fazer comentários sobre o conflito no Oriente Médio.
Silvio Almeida acompanhou Lula na viagem pela Etiópia, onde ele fez a declaração, e afirmou nas redes sociais que em nenhum momento o presidente “manifestou-se contra o povo de Israel e contra a comunidade judaica”.
“Pelo contrário: Lula se indigna contra a ação desproporcional e assassina de um governo que, inclusive, passa a ser questionado por outros membros da comunidade internacional”, escreveu o ministro.
“É importante que se frise o seguinte: é o governo extremista de Israel quem promove o massacre, e não a comunidade judaica, como os oportunistas e semeadores do ódio de dentro e de fora do Brasil tentam fazer parecer”, acrescentou Silvio Almeida.
Além disso, o ministro disse acreditar que com o discurso, Lula usou de sua voz e autoridade para que toda a comunidade internacional “olhe pelo povo palestino no exato momento em que o governo israelense ameaça invadir a cidade de Rafah por terra”.
“Nada pode ser mais urgente do que interromper as manifestas violações ao direito humanitário e nada, absolutamente nada, pode nos indignar mais do que a situação pelas quais passam as pessoas – todas as pessoas, sem exceção – afetadas por esta violência”, completou.
Nada, absolutamente nada, é mais importante do que interromper a escalada da violência e o ciclo de mortes que têm destroçado a vida, em especial, de pessoas inocentes, mulheres e crianças.
O governo brasileiro, sob a liderança do Presidente Lula, desde o primeiro momento…
— Silvio Almeida (@silviolual) February 20, 2024
A declaração de Lula gerou conflito diplomático com o governo de Israel, que o considerou como “persona non grata” até que haja uma retratação.
Durante a tarde da última segunda-feira (19), após repercussão da fala, o governo brasileiro decidiu trazer de volta ao país o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer.
*Sob supervisão de Marcelo Freire
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