Apesar de uma intervenção federal no Rio de Janeiro já ter sido descartada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a atuação do Exército no combate ao crime organizado no país segue sendo avaliada pelo governo federal.
A proposta é que militares das Forças Armadas intensifiquem a atuação nas fronteiras no controle de entrada de armas e drogas. A informação foi confirmada à CNN por fontes militares e do governo.
A expectativa é que na próxima semana o presidente Lula faça um anúncio com as medidas efetivas para o combate às organizações criminosas com foco no Rio de Janeiro.
O Exército já faz operações pontuais nas fronteiras, mas o governo discute intensificar a atuação dos militares das Forças.
A legislação atual permite que o Exército atue em uma faixa de até 150 quilômetros das fronteiras, sem a necessidade de decretar uma medida de Garantia de Lei e da Ordem (GLO).
O governo não quer a atuação do Exército no Rio de Janeiro, mas a ideia é justamente que as Forças atuem no patrulhamento, junto com a Polícia Federal, para combater a entrada de armas e drogas na divisa com outros países da América do Sul.
De acordo com fontes a par da discussão, a medida depende da decisão do presidente Lula e também da destinação de recursos extras específicos para o trabalho nas fronteiras. Também não há decisão sobre o aumento do efetivo de militares.
O Brasil tem 16 mil quilômetros de fronteira, fazendo divisa com dez dos 12 outros países da América do Sul. Apenas Chile e Equador não fazem fronteira com o país.
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