O governo do Estado de São Paulo entrou na Justiça contra a campanha do candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol) pelo uso da marca Poupatempo. O órgão encaminhou o processo à Vara da Fazenda Pública do Foro Central na última sexta-feira, 5.
Entre as principais propostas de Boulos está a criação do “Poupatempo da Saúde”, que visa a implementação de um sistema mais eficiente de agendamento e realização de consultas médicas, com o objetivo de aliviar o sistema de saúde municipal. A ideia é que modelo siga a mesma linha do serviço estadual que facilita a emissão de documentos.
No entanto, a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), que detém oito registros da marca Poupatempo, afirma não ter autorizado o uso do nome na campanha de Boulos. A entidade alega que o emprego não autorizado pode causar confusão no público e ser prejudicial ao interesse público.
Na ação, a Prodesp pede a suspensão imediata do uso da marca “sob pena de arcar com as sanções cabíveis nos termos da legislação civil”. A causa pede indenização de R$ 1 mil reais “exclusivamente para fins de alçada” e que os responsáveis sejam notificados.
Campanha de Boulos se manifesta
Em resposta, a campanha de Boulos classificou a ação como um “ataque desesperado dos aliados de Ricardo Nunes”. Dessa forma, a equipe do psolista tentou, sem provas, associar a ação do governo paulista ao emedebista. Nunes tenta se reeleger prefeito da cidade de São Paulo.
A nota segue afirmando que o processo é uma tentativa de desviar a atenção da “negligência do atual prefeito com o serviço de saúde na cidade”. A equipe de comunicação alega, por fim, que “pessoas passam meses aguardando a vez para fazer um exame e até 10 horas em fila de hospital para receber atendimento médico”.
Apresentada como novidade pelo candidato do Psol, o projeto Poupatempo Saúde já existe. A Prefeitura de Santo André (SP) foi, a saber, responsável por implementar esse sistema.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado