sexta-feira, novembro 22, 2024
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Governo de Milei oficializa nomeação de novo chanceler

Na segunda-feira 4, Gerardo Werthein assumiu o cargo de ministro das Relações Exteriores da Argentina, nomeado pelo presidente Javier Milei. Com a posse, Werthein pediu a demissão de todos os secretários e subsecretários da administração anterior, liderada por Diana Mondino.

A decisão ocorreu em meio a tensões no governo, depois da demissão de Mondino, por votar a favor do fim do embargo dos Estados Unidos contra Cuba na Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Werthein busca reorganizar a pasta depois de Milei qualificar os funcionários como “traidores da pátria”, devido à posição adotada na ONU.

Entre os demitidos estão Eduardo Bustamante, ex-número dois da chancelaria, Marcelo Cima, Paola Di Chiaro e Ernesto Gaspari, além de Mariano Vergara, Marcia Levaggi, Gabriel Martínez e Ramiro Velloso.

Werthein considera fechar representações diplomáticas em países com pouca atividade, como parte de uma reformulação mais ampla, segundo o jornal Clarín.

Milei já havia comunicado que demitiria os servidores envolvidos no voto contra o embargo. “Isso não só custou o cargo para a chanceler [Diana] Mondino, mas neste momento estamos fazendo todo um trabalho para abrir um processo contra todos os responsáveis e demiti-los”, disse, em entrevista ao canal Ciudad Magazine.

Depois de voto pró-Cuba na ONU, Milei pediu renúncia de antiga chanceler

Ex-chanceler da Argentina, Diana Mondino | Foto: Reprodução/Redes sociais
Ex-chanceler da Argentina Diana Mondino | Foto: Reprodução/Redes sociais

A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, deixou o cargo em 30 de outubro. Isso ocorreu depois de o presidente Javier Milei pedir a renúncia da chanceler, que votou contra o embargo dos Estados Unidos e outros países do Ocidente contra Cuba, na Assembleia-Geral da ONU. 

O porta-voz da Presidência confirmou, em publicação no Twitter/X, que Gerardo Werthein, atual embaixador em Washington, é o novo chanceler da Argentina.

O texto da ONU pedia “pelo fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”. O governo da ilha apresentou a proposta hoje.

Além dos EUA, Israel votou contra a proposição, enquanto a Moldávia se absteve. Os outros 187 países integrantes da assembleia votaram a favor. 

A congressista norte-americana Maria Elvira Salazar, do Partido Republicano, conversou com Javier Milei sobre a assembleia. O presidente argentino, segundo ela, definiu o voto do país como “uma traição à Argentina”. 

Governo da Argentina mantém oposição às ditaduras

Em concordância, a conta oficial do gabinete presidencial argentino publicou no Twitter/X que o país “atravessa um período de mudanças profundas, e esta nova etapa exige que nosso corpo diplomático reflita em cada decisão os valores de liberdade, soberania e direitos individuais que caracterizam as democracias ocidentais”. 

Neste sentido, prossegue o comunicado, o governo “se opõe categoricamente à ditadura cubana e se manterá firme na promoção de uma política exterior que condene a todos os regimes que perpetuam a violação dos direitos humanos e as liberdades individuais”. 



Via Revista Oeste

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