O Palácio do Planalto quer que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) atue junto a senadores para diminuir resistência à indicação de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A articulação política ressalta que a relação amistosa de Alckmin com PSDB, União Brasil e Podemos pode pelo menos abrir portas a Dino para reuniões particulares com congressistas de centro.
A bancada do União Brasil é formada por sete senadores. O Podemos conta com outros sete e o PSDB detém dois parlamentares. Ao todo, são 16 senadores, que podem fazer a diferença no placar final.
Alckmin se reuniu com Dino na última segunda-feira (27). O vice-presidente teve encontro nesta sexta-feira (1º) com o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL).
O Palácio do Planalto acredita que Dino conseguirá um placar de 52 votos favoráveis. O mínimo necessário é 41.
Os partidos de oposição, no entanto, falam que já tem 35 votos contrários. Eles têm produzido um dossiê contra o indicado para a Suprema Corte e mobilizado uma manifestação no dia 10 de dezembro contra Dino.
A sabatina de Dino está marcada para o dia 13 de dezembro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Para evitar embates duros, o presidente do colegiado federal, Davi Alcolumbre (União Brasil- AP), avalia fazer uma sabatina simultânea com o indicado para a Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet.
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